sábado, 24 de julho de 2010

TORNADO NA SERRA PODE TER ATINGIDO CATEGORIA F3

A MetSul Meteorologia avalia que o tornado que atingiu na noite de quarta-feira a área entre Gramado e Canela possa ter atingido categoria F3 na escala de Fujita dos tornados que vai até 5. A análise é feita com base no estudo das imagens dos estragos provocados pelo vento. Segundo o meteorologista Eugenio Hackbart, alguns dos danos observados entre Gramado e Canela são tão severos que são consistentes com um tornado intenso categoria F3, tal como ocorreu em Muitos Capões (2005) e Viamão (2000).


O especialista da MetSul recorda que tornados não apenas têm trajetória errática assim como tendem a flutuar em intensidade. Assim, os danos por onde passa tendem a variar em magnitude. O mapa abaixo mostra a trajetória percorrida por tornado que percorreu 8 quilômetros no estado norte-americano de Indiana em de 10 de novembro de 2002.







































http://www.crh.noaa.gov/iwx/program_areas/events/2002/11_10_02_tornadoes/index.php

Na imagem, observa-se que no tempo de vida do tornado americano, sua intensidade ao longo do seu rastro de 8 quilômetros, variou entre F0 (64 a 116 km/h) até um F4 (333 a 418 km/h).

Como não há medições de vento no interior de um tornado, a velocidade do vento é estimada de acordo com a magnitude dos danos, segundo a escala de Fujita. Quando se afirma que em parte de sua trajetória o tornado da Serra apresentou danos consistentes com um F3, significa que o vento naquela área pode ter atingido de 254 a 332 km/h, mas em alguns pontos os estragos são condizentes com o limite inferior da escala (F0).

Fonte: DIRETO DA METSUL

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Tornado na Serra – Cenas como de um bombardeio



O que já parecia horrível na escuridão da noite de ontem se revelou como um grande desastre com a claridade do dia de hoje. Os efeitos do tornado que a MetSul Meteorologia considera possa ter atingido, no mínimo, força equivalente a de um categoria 2 na escala de Fujita provocou devastação entre as cidades de Gramado e Canela.
A Defesa Civil de Canela divulgou que 489 casas foram atingidas pelo tornado que atingiu a cidade, 231 delas pertencentes a famílias de baixa renda. Algumas ficaram completamente destruídas. O colaborador da MetSul Áureo Oliveira, de Canela, nesta quinta-feira percorreu as áreas mais atingidas e suas imagens revelam toda a dimensão da destruição.



Houve relatos de pessoas arremessadas a metros de distância pela força do vento. É um verdadeiro milagre que ninguém tenha morrido. Houve casa que ficou partida ao meio e em outras sobrou apenas o piso, como revelam as fotos do Grupo Editorial Sinos.

A prefeitura de Canela deve decretar situação de emergência no município nesta sexta-feira, após terminar o trabalho de contabilizar os danos causados pelo fenômeno. A MetSul Meteorologia, solidária com as vítimas do tornado, informa que a Prefeitura de Canela tem conta bancária da Defesa Civil que recebe doações pelo Banrisul, agência 0555, conta corrente, 04 100100 05, e pela Caixa Federal, agência 0692, operação 06, conta 00000054-2, ou ainda pelo Banco do Brasil, agência 0698-X e conta 2010-9.



Autor: Alexandre Amaral de Aguiar

Publicado em 22/07/2010 20:46

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Tornado na Serra pode ter tido vento de 200 km/h

Vento destrutivo deixou pelo menos 40 casas destelhadas e 12 completamente destruídas entre Gramado e Canela pouco antes das 21h desta quarta-feira (21/7). Pelo menos 12 pessoas feridas foram atendidas no Hospital de Canela. Os bairros atingidos no município foram o Santa Terezinha, Quinta da Serra, São José, Vila Cedro e Vila Maggi. Locais conhecidos na estrada entre Gramado e Canela, como a Churrascaria Zelão, sofreram pesados danos. Uma indústria foi completamente destruída e uma residência partida ao meio. Outras, pré-fabricadas, voaram. Árvores foram sugadas do solo. Grossos troncos de árvores acabaram decepados. Telhas retorcidas e postes caídos podiam ser vistos por toda a zona como se tivesse havido um bombardeio "Eu nunca tinha visto nada semelhante", contou o prefeito de Canela, Constantino Orsolin. Segundo Orsolin, 300 residências foram atingidas e mais de 200 árvores arrancadas. "No Santa Terezinha, há áreas em que parece que passou uma motosserra", contou (fotos do grupo Sinos e Rita Souza/ Prefeitura de Canela).
















O primeiro sinal de alerta para a MetSul Meteorologia de que algo muito grave havia ocorrido em Canela se deu quando, logo após 21 horas, quando surgiu o dado da estação automática no município do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) acusando vento de 124 km/h. Imediatamente entramos em contato com a Brigada Militar de Canela e enquanto esperávamos para ser atendidos ouvimos o desespero dos policiais militares no rádio da corporação pedindo que fossem chamados os colegas de folga. A partir deste momento passamos a todo momento a gerar informações em tempo real no Twitter da MetSul sobre o que ocorria na Serra.


A MetSul Meteorologia não têm dúvidas de que um tornado passou pela região entre Gramado e Canela, tanto que os jornais atendidos por nós (Grupo Sinos e Correio do Povo) já saíram hoje com a notícia de tornado na capa e não com múltiplas hipóteses para o fenômeno em seu noticiário impresso. Os danos de ontem à noite repetem imagens muitas vezes vistas antes em tornados no Rio Grande do Sul. Todas as características sinalizam inequivocadamente para um episódio tornádico como concentração de danos numa faixa, severidade dos estragos e relatos de moradores de que o vento intenso durou menos de um minuto, 40 segundos em muitos depoimentos. Há um dado meteorológico relevante. Enquanto a estação automática do Inmet registrou vento de 124 km/h, uma outra estação automática, essa pessoal, instalada no Condomínio Quinta da Serra, a apenas 450 metros de distância do equipamento governamental, não acusou nada de vento intenso, confirmando a idéia de tornado e descartando completamente a possibilidade de microexplosão.

É equivoco acreditar que a velocidade máxima do vento atingida entre Gramado e Canela tenha sido aquela indicada pela estação do Instituto Nacional de Meteorologia de 124 km/h. Por onde o tornado passou o vento foi muito superior. As imagens dos danos são consistentes com um tornado de categoria pelo menos F2 na escala de Fujita, ou seja, vento entre 180 e 250 km/h. Uma das imagens mais impressionantes de danos mostra o tronco de uma árvore, grosso, completamente decepado, quando em regra as imagens que se têm de árvores ‘cortadas como se fosse por uma navalha´ em tornados aqui no Sul do Brasil são de espécies com troncos mais finos.


Há um dado crucial que explica a formação de tornado. A história climática do Rio Grande do Sul mostra que em diversos episódios de tornados no Estado havia a presença de uma intensa corrente de jato (vento) em baixos níveis da atmosfera atuando. Era o que se via no dia de ontem. A análise das 0Z de 22 de julho (hora aproximada do tornado) mostrava um jato de baixos níveis intensos com vento de 35 m/s (130 km/h) exatamente sobre a Serra. Favorecendo ainda a divergência de vento (shear) que tende a estimular eventos severos se notava a presença do jato subtropical ativo sobre o Rio Grande do Sul. Ademais, avançava ainda uma frente fria e o gradiente (diferença) de temperatura era acentudíssimo a ponto de pouco antes do tornado (20h) Canela registrar 21,7ºC e no mesmo horário cidades mais ao Sul estarem com 11ºC a 13ºC.




Os acontecimentos de ontem à noite entre Gramado e Canela são uma triste repetição de tornados ocorridos nesta mesma época do ano em cidades também da Serra. Como as correntes de jato atuam de Noroeste para Sudeste e a Serra fica muito exposta a este tipo de evento, num período do ano em que não raro há o avanço de frente frias com acentuado gradiente térmico, a região parece ser de alto risco para tornados no inverno. Os tornados de 19 de julho de 2001 em Bom Jesus e de 8 de julho de 2003 em São Francisco de Paula se deram sob condições semelhantes às observadas ontem à noite (fotos abaixo da Defesa Civil/RS).


Criou-se o mito na mídia de que não existe como prever tornados no Brasil. Em nenhum lugar do mundo é possível se antecipar com grande antecedência qual ponto exato pode ser atingido, mas se é capaz de antecipar uma região sob risco, o que os americanos denominam de tornado watch. Ainda no domingo, 72 horas antes, a MetSul alertava aqui em seu site que as condições se assemelhariam àquelas que trazem tornados. Na tarde de terça-feira, em notícia publicada no portal do Correio do Povo, antecipava-se o risco de tornado nesta quarta-feira. No Jornal NH que passou a circular quarta de manhã advertia-se que a Serra estava em área de risco para vendavais destrutivos. No jornal do Grupo Sinos a MetSul especificava, inclusive, a faixa horário de maior risco (20 a 21 horas de ontem), exatamente o horário em que se produziu o tornado na Serra.



Em Imigrante, pequeno município junto à Serra, no Vale do Taquari, um violento temporal por volta das 18h de ontem espalhou danos severos no interior da localidade. Pelo menos cinco aviários ficaram completamente destruídos, matando milhares de frangos. Casas e galpões também sofreram muitos estragos. Houve queda de diversas árvores. O temporal, além de intenso vendaval, veio acompanhado também de granizo.







O tornado em Gramado e Canela e a tempestade em Imigrante se deram no final de um dia marcado por condições um tanto peculiares para não dizer excêntricas no Estado. Ventania. Granizo. Chuva forte. Arco-íris. Frio intenso. Calor. A quarta-feira no Estado foi um raro dia de condições atmosféricas discrepantes e extremas. O Rio Grande do Sul esteve dividido. O Sul, a área de Santa Maria e parte do Oeste tiveram jornada invernal. Em Livramento o dia todo foi de temperatura de um dígito com máxima não superior a 9ºC. No Norte e no Nordeste do território gaúcho foi um dia abafado e quente. Em Iraí, a máxima alcançou 28ºC, 13ºC a mais do que na véspera. O intenso aquecimento foi resultado de corrente de jato (vento) em baixos níveis da atmosfera que trouxe também fortes rajadas de vento do quadrante Norte para o Norte gaúcho e que chegaram a 90 km/h nos Aparados. Na Capital, a temperatura subiu muito também e a combinação de calor e umidade fez com que durante a manhã ocorressem pancadas de chuva com sol, o que favoreceu a formação de raro arco-íris duplo (fotos de Luiz Paulo Monteiro e Suzana da Luz).



As massas de ar frio do Sul do Estado e quente do Norte estavam separadas por uma frente fria que provocou muita chuva. Em Pelotas, o volume chegou a 50 milímetros. Ao avançar sobre Porto Alegre, a frente também trouxe chuva forte com mais de 40 milímetros em poucas horas e precipitação torrencial em alguns momentos. Houve relatos de granizo em vários municípios da Serra e Grande Porto Alegre. A perspectiva de mais chuva no fim de semana traz preocupação agora quanto aos níveis de rios que já estavam altos ontem, antes da chuvarada, como o Uruguai, Sinos, Caí e Santa Maria. (Colaboraram o meteorologista Luiz Fernando Nachtigall e Alexandre Aguiar)



Autor: Eugenio Hackbart

Publicado em 22/07/2010 08:48
Fonte: DIRETO DA METSUL

domingo, 18 de julho de 2010

Neva no Sul gaúcho e massa de ar polar histórica gela América do Sul de Ushuaia até a Amazônia

A Argentina segue sendo duramente castigada pelo frio. Neste sábado, a temperatura chegou a 5ºC abaixo de zero no Aeroporto de Ezeiza, na área metropolitana da capital argentina. O frio intenso, se por um lado é motivo de alegria para quem está saindo em férias no país vizinho, já provocou nove mortes no país (quase 30 mortes por frio no Cone Sul como um todo) e se transformou em crise energética com impacto na economia do país vizinho. Por conta da elevadísima demanda, os argentinos estão tendo que importar energia do Brasil. Falta gás nas revendas para a população e a indústria teve o seu abastecimento cortado, o que forçou a paralisação de atividades com perdas milionárias. Os jornais deste sábado de Buenos Aires dão conta que algumas, inclusive, já demitem empregados.



A neve persistiu neste sábado na província argentina de Tucumán, onde os flocos caíram ontem em grande quantidade, dando espetáculo. Tanto que em alguns locais de menor altitude nevou, segundo a imprensa local, pela primeira vez desde 1921, o que rende a esta nevada de 2010 o título de histórica.


No Peru, forte nevada interrompeu a estrada entre Arequipa e Juliaca com quilômetros de rodovia cobertos por grande quantidade de gelo. Na Bolívia, o frio espanta e provoca mortes. Pela primeira vez em 15 anos, a neve cobriu os valores da região boliviana de Tarija, no Sul do país. Segundo o Servicio Nacional de Meteorología e Hidrología (SENAMHI), tamanho frio é "incomum", como destacaram os jornais bolivianos deste sábado.




O impressionante é que o modelo GFS (abaixo) segue insistindo em projetar neve para as próximas horas e neste domingo para o Noroeste do Paraguai. Os paraguaios devem, aliás, experimentar um domingo gelado com marcas raramente vistas antes na capital Assunção.


Nosso amigo da MetSul Meteorologia de longa data, Luiz Carlos Martins Filho, que localizou na internet um vídeo (abaixo) mostrando que nevou na cidade paranaense de Prudentópolis no dia 14, quando ali perto, em Pitanga, também nevou. Assim, houve relatos de neve no Rio Grande do Sul em Canela, Bom Jesus e Ausentes, além de São Joaquim e Luzerna em Santa Catarina, e Pitanga e Prudentópolis no Paraná.

O frio, como se esperava, invadiu a Amazônia. Enquanto na região Metropolitana de Porto Alegre as míninas hoje variaram entre 9ºC e 10ºC, em Vilhena, no estado da Rondônia, a mínima foi de 7ºC. Já em Epitaciolândia, no Acre, às 9 horas de hoje o frio registrado era de 10,2ºC. Enquanto isso, na grande Porto Alegre fazia 11,9ºC. Eirunepé, no estado do Amazonas, teve hoje 13ºC. O frio seguiu intenso neste sábado no Centro-Oeste, região que proporcionou uma das imagens mais chocantes desta onda de frio. No município de Antônio João, Mato Grosso do Sul, fronteira com o Paraguai, setenta e nove cabeças de gado de corte morreram devido ao frio intenso. Em poucas horas, o pecuarista Silvino Vieira perdeu 25% do rebanho.Segundo técnicos da agência de defesa sanitária local, que vistoriaram a propriedade, os animais da raça Nelore não têm muita resistência ao frio (imagem reprodução Rede Globo).


A MetSul Meteorologia considera o frio deste sábado histórico na fronteira com o Uruguai. A temperatura em Santana do Livramento, do primeiro minuto do dia até 16h, não conseguiu superar a marca dos 5ºC, permanecendo quase todo o período entre 3ºC e 4ºC. É muito raro vermos um dia com temperatura máxima tão baixa assim na fronteira. Não bastasse a temperatura baixa, ainda havia chuva e muito vento, tornando a sensação gélida na fronteira da paz. Tanto frio à tarde em Livramento somente foi registrado na história recente em 5 de setembro de 2008, quando fazia 2ºC no meio da tarde no dia em que caiu uma incomum e histórica nevada no Sul gaúcho. Veja a evolução da temperatura nas últimas 24 horas na estação do Inmet em Santana do Livramento.


Nevou neste sábado em Santana do Livramento, conforme entendimento da MetSul Meteorologia. De acordo com o correspondente do jornal Correio do Povo na cidade, Jango Medeiros, moradores do distrito de Caneleira, a cerca de 18 quilômetros da sede do município, relataram durante a manhã a queda de minúsculos grãos de gelo. A temperatura era propícia, entre 2ºC e 3ºC, e havia instabilidade. Caneleira, local onde foi observado o fenômeno, é mais alto e terá um parque eólico. No Uruguai, nos últimos dias, foram registradas ocorrências semelhantes. Em 2008, em setembro, Livramento também tinha anotado neve granular. A possibilidade de nevar na parte mais Sul do Estado era antecipada pela MetSul Meteorologia.

Todo este frio, como a MetSul vem informando, está associado a um potente e incomum centro de alta pressão na parte central do continente. Buenos Aires teve os maiores valores de pressão atmosférica desde 1999. Chegou a 1042 hPa em Ezeiza. Em Porto Alegre, a pressão não atingiu os 1040 hPa, mas o inusitado foi ver chuva na cidade com altíssimos 1035 hpa.


 
Este sábado foi o primeiro dia, desde terça-feira, em que a temperatura não caiu abaixo de zero no Rio Grande do Sul. Isso, contudo, não é sinal algum que deixou de fazer frio intenso durante a madrugada. Fez 0,7ºC em Jaguarão, 0,8ºC em Quaraí, 0,9ºC em Bagé, 1,7ºC em Livramento e 3,4ºC em Canguçu. O frio deve seguir perdendo força e haverá localidades do Estado em que as máximas devem atingir de 15ºC a 17ºC neste domingo, apesar da chuva.


Por falar em chuva, observe o mapa acima com a projeção de precipitação para os próximos sete dias, segundo o modelo norte-americano GFS. Descontado eventual exagero do modelo (chove menos hoje no Rio Grande do Sul que era projetado pelo modelo), deve vir sim bastante água. Um centro de baixa pressão que avança do Norte da Argentina para o Oeste gaúcho e o Uruguai mantém o tempo instável com chuva em todo o Estado no restante deste sábado e durante o domingo. A MetSul Meteorologia reitera o alerta que algumas áreas do Rio Grande do Sul têm risco de chuva forte e até de granizo bastante isolado. O domingo deve ser ainda bastante ventoso em muitas cidades, aumentando a sensação de frio, com rajadas em média de 50 a 60 km/h em algumas localidades. A temperatura segue baixa no Sul e no Oeste, mas nas demais regiões não repete o rigor dos últimos dias.

Na segunda-feira, o dia inicia com chuva em quase todo o Estado, mas o tempo começa a melhorar ao longo do período a partir do Oeste com queda de temperatura da tarde para a noite. De acordo com a MetSul, a temperatura deve estar mais baixa à tarde do que no começo da manhã na maioria das localidades gaúchas, inclusive em Porto Alegre. Entre a madrugada e o período da manhã pode chover forte, especialmente na Metade Leste gaúcha. O vento se intensifica com sensação de frio.


O centro de baixa pressão que avança do Norte da Argentina para o Uruguai, ao alcançar o Atlântico, pode se transformar em um ciclone extratropical. O fenômeno, contudo, deve se originar no litoral argentino a uma grande distância do Rio Grande do Sul – não sobre o Rio Grande do Sul como vem sendo informado pela Defesa Civil Estadual - e não deve ser muito intenso (projeção acima do modelo GFS para a manhã de segunda). O vento associado ao sistema deve ser mais forte no Sul e no Leste do Estado, sobretudo no Litoral Sul, onde algumas rajadas podem chegar a 80 km/h.

Este sistema de baixa deve provocar uma queda espetacular da pressão, de 30 hPa, em cerca de 48 horas, na região de Montevidéu e Buenos Aires que deve sair de 1040 hPa para 1010 hpa, algo incomum de se ver.

Acredite, mas o tempo pode testar ainda mais a nossa saúde na próxima semana. Após um começo de semana com temperatura mais baixa, a MetSul Meteorologia não descarta a possibilidade de calor na quarta-feira. As projeções computadorizadas têm oscilado muito quanto à quarta-feira, mas algumas têm indicado máximas de 26ºC a 28ºC para Porto Alegre. Caso venha a se confirmar este calor na metade da semana, o Rio Grande do Sul poderia voltar a sofrer com temporais entre quarta e quinta-feira. (Produção de Alexandre Aguiar)



Autor: Eugenio Hackbart

Fonte: Diretoda Metsul

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