sábado, 30 de janeiro de 2010

Noticia do Blog "Direto da Metsul" do dia 27/01/2010

Criciúma vive drama com forte temporal e MetSul Meteorologia alerta para mais instabilidade no Sul e Sudeste do Brasil

Tromba d’água (tornado sobre a água) foi registrada hoje em Maquiné, no Litoral Norte gaúcho. Trata-se de um fenômeno que pode ocorrer com ar quente e úmido, sobretudo sob influência de uma área de baixa pressão, como é o caso de agora. Há vários precedentes de trombas d’água ou nuvens funis no Litoral Norte e na Lagoa dos Patos durante a atuação de sistemas de baixa pressão.

A imagem de satélite do fim da tarde mostrava muitas áreas de instabilidade no Sul e Sudeste do Brasil, geradas pela combinação de umidade e aquecimento diurno. Em Porto Alegre, por conta das sucessivas pancadas isoladas, a chuva até o fim da tarde de hoje tinha uma enorme variabilidade em volumes, variando de 2 milímetros no Moinhos de Vento a 22 no Jardim Botânico. A instabilidade aqui no Estado foi maior no Leste, como se esperava, porque existe um sistema da baixa pressão atuando na costa, na altura da Lagoa dos Patos.

As duas áreas assinaladas na foto de satélite, uma no Sudeste do Rio Grande do Sul, e outra maior que cobre Santa Catarina, Paraná e São Paulo são as regiões que a MetSul acredita existe o maior potencial para chuva forte a intensa localizada nesta quinta com risco de transtornos, apesar de ser provável que ocorram pancadas fortes localizadas em outros pontos não indicados na duas áreas de risco. A instabilidade maior, que se concentrou nesta quarta entre Porto Alegre e Camaquã, com pancadas freqüentes, e que chegaram a acumular 50 milímetros na região de Camaquã, se desloca nesta quinta para o Sul, acompanhando a migração da área de baixa, aumentando a chuva possivelmente nas áreas de Bagé, Chuí, Pelotas e Rio Grande.

Nada, contudo, superou em intensidade o que ocorreu em Criciúma. A cidade foi castigada à tarde por um temporal que despejou 90 milímetros de chuva em poucos minutos, segundo medição da comunidade feita na área central da cidade. Criciúma literalmente mergulhou no caos. Pelo menos 15 bairros foram atingidos, inclusive os que ficam em regiões mais altas, mas a área mais afetada foi mesmo o Centro. (clique para ampliar as duas fotos abaixo).

O telhado e paredes de uma empresa no bairro Argentina desabou devido ao forte vento. Duas pessoas sofreram fraturas e foram socorridas. Além de destelhar centenas de residências em várias comunidades da região de Criciúma, a ventania provocou a queda de muitas árvores. Em Forquilhinha, o vento assustou os moradores.

A MetSul Meteorologia alerta que os volumes de chuva podem ser muito altos nas próximas 48 horas no Leste e Nordeste catarinense, além do Paraná. Não se pode descartar que volte a chover forte no Sul de Santa Catarina. Veja a projeção de chuva acuamulada (em milímetros) do modelo norte-americano GFS entre 27 e 29/01:

Preocupa muito ainda a situação de São Paulo, já que as barragens estão no seu nível máximo na Grande São Paulo e deve chover em excesso com elevados volumes, pelo menos, até o próximo domingo em vários pontos do estado paulista. (Foto aérea de Wilson Cardoso/Brigada Militar em Maquiné e do portal Engeplus.com.br em Criciúma com agradecimento para o jornalista Nei Manique)

Autor: Luiz Fernando Nachtigall Publicado em 27/01/2010 23:22

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Muita instabilidade no Sul e Sudeste do Brasil

A imagem de satélite do fim da tarde de hoje (abaixo) mostrava áreas de instabilidade sobre o Sudoeste e o Norte do Rio Grande do Sul, mas que eram mais intensas e generalizadas em Santa Catarina, São Paulo e no Rio de Janeiro. A capital paulista e região voltaram a sofrer ontem com inundações enquanto a cidade do Rio de Janeiro teve forte temporal. O ar quente e a enorme disponibilidade de umidade, trazida pelas correntes de vento da Amazônia e pelo anômalo aquecimento do Atlântico, vão seguir favorecendo chuva intensa e temporais no Sul e Sudeste no restante da semana. São os temporais típicos de verão que formam áreas de instabilidade isoladas, algumas intensas, que geram chuva forte e mesmo vento forte ou granizo em alguns pontos bastante localizados.

Algumas análises internacionais (abaixo) até sugeriam nesta segunda-feira que a Zona Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que tradicionalmente atua no Sudeste, poderia avançar até o Norte gaúcho, algo incomum e que gerou grande debate interno na MetSul, favorecendo chuva de verão aqui no Estado e forte no Leste catarinense na segunda metade da semana.

Um outro dado que nos chamou especial atenção por ser crível é a projeção do modelo europeu de que a área de baixa pressão medíocre em intensidade, mencionada no post anterior, poderia gerar um fluxo de umidade do mar para o continente no Leste do Rio Grande do Sul nesta terça, trazendo chuva (imagem abaixo da projeção de chuva do Europeu para a primeira metade da terça), solução que não é acompanhada pela maioria dos demais modelos.

Na quarta, de acordo com o Europeu, o fluxo de umidade se manteria, afetando principalmente a região de Pelotas e Rio Grande (imagem acima). Já na quinta, pelo mesmo modelo, seguiria a instabilidade no Sudeste gaúcho com forte intensificação da chuva junto ao Leste catarinense.

Autor: Eugenio Hackbart Publicado em 25/01/2010 22:15 Fonte: Blog Metsul

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

ONU insiste em coordenar negociações sobre clima pós-Copenhague

Por Alister Doyle e Gerard Wynn

OSLO/LONDRES (Reuters) - A Organização das Nações Unidas (ONU) insistiu na quarta-feira em continuar coordenando as negociações sobre um novo pacto climático, apesar dos resultados pífios da cúpula de Copenhague no mês passado, quando poucos países apoiaram um acordo pouco ambicioso.

Yvo de Boer, chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU, afirmou que as negociações em 2010 seriam baseadas nas conversações da ONU iniciadas em 2007 sobre como ampliar o Protocolo de Kyoto e envolver todos os países com iniciativas.

O Acordo de Copenhague, com três páginas, patrocinado por grandes emissores, incluindo Estados Unidos e China, poderia, no entanto, ser um estímulo valioso para um acordo no próximo encontro da ONU no México em novembro, afirmou De Boer.

"Imagino que na teoria seria possível ter uma estrutura paralela, mas isso me parece um exercício incrivelmente ineficiente," disse ele numa conferência à imprensa via Internet a partir de Bonn, sobre a perspectiva de também negociar sobre o Acordo de Copenhague.

O Acordo de Copenhague busca restringir o aquecimento global para menos de 2 graus Celsius acima da era pré-industrial e oferece a perspectiva de 100 bilhões de dólares anuais em ajuda financeira para os países em desenvolvimento a partir de 2020.

O documento, por outro lado, omite o estabelecimento dos cortes nas emissões de gases-estufa necessários até 2020 ou 2050, para alcançar a meta da temperatura.

De Boer deixou em aberto, porém, se a reunião do México teria como resultado um tratado legalmente vinculante como pedido por muitos países.

Ele falou em "México ou depois" para os textos finais que buscam intensificar uma iniciativa para desacelerar novas ondas de calor, inundações, extinção de espécies, fortes tempestades e elevação do nível do mar.

O fracasso das negociações da ONU para chegar a um acordo -- apesar do prazo estabelecido para o fim de 2009, após dois anos de conversações iniciados em Bali, na Indonésia, em 2007 -- lançou dúvidas sobre o futuro papel da organização.

Grandes emissores, como China, EUA, Rússia ou Índia, poderão preferir simplesmente negociar em grupos menores, como o G20 ou o Fórum das Maiores Economias dos países responsáveis por cerca de 80 por cento das emissões mundiais.

FONTE: WWW.G1.COM.BR

Dias de tempo seco após mais uma onda de temporais

Chuva forte e temporais atingiram ontem várias regiões, sobretudo o Centro e o Oeste, onde vários pontos tiveram em poucas horas chuva superior à média do mês. Ainda na madrugada da terça-feira, o Oeste registrou intensas precipitações, resultado de um CCM (Complexo Convectivo de Mesoescala), um aglomerado de nuvens carregadas.

Foi o que trouxe chuva de 50 milímetros em apenas uma hora para cidades como São Borja e Alegrete. Em São Borja, foram 145 milímetros em apenas doze horas. Na Argentina, o CCM causou vento de 100 km/h e chuva de 190 milímetros em poucas horas em Resistencia.

Durante o dia, com o aprofundamento de um sistema de baixa pressão no Prata, frente fria se organizou sobre o Estado (imagem acima), trazendo mais chuva forte. Aí foi a vez do da região central do Rio Grande do Sul ser a mais castigada com acumulados superiores a 100 milímetros na área de Santa Maria. Em Nova Palma, onde uma barragem cedeu parcialmente ontem, a chuva só deste mês está entre 500 e 600 milímetros, muito acima da média mensal de 130 milímetros. Em Caçapava do Sul, jovem morreu atingido por raio.

A imagem de satélite (acima) da manhã desta quarta-mostra o centro de baixa pressão bem afastado do continente, mas ainda existe nebulosidade associada a um sistema frontal sobre a Metade Norte gaúcha, Santa Catarina e o Paraná. O risco de temporais se afasta para o Norte do Sul do Brasil e o sol que já aparece no Sul e no Oeste do Estado desde o começo da manhã deve se fazer presente na maioria das regiões no decorrer do dia, mas com mais nuvens ainda no Norte e Nordeste gaúcho, onde alguns pontos podem ter até chuva moderada e/ou forte. O tempo seco e ensolarado predomina nos próximos dias com marcas amenas à noite, e até um pouco de frio na Campanha e na Serra, mas calor de até 30ºC à tarde. Nesta quinta, contudo, não se pode descartar instabilidade fraca e isolada com mais nuven no Nordeste do Estado, inclusive na Grande Porto Alegre, sobretudo na primeira metade do dia.

Autor: Eugenio Hackbart Publicado em 20/01/2010 08:27

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