quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Acordo climático em Copenhagen enfrenta cenário complicado

Quem vive sintonizado com as questões ambientais mais urgentes sabe que dezembro é um mês importante: do dia 7 ao dia 18, Copenhagen, na Dinamarca, abriga a a 15ª Conferência Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP15). Este evento é realizado há vários anos, mas com o avanço do aquecimento global e daa mudanças climáticas no mundo, o evento deste ano ganhou um peso ainda maior. Os líderes mundiais discutirão as condições de um novo acordo para diminuir as emissões de carbono de seus países, e assim tentar frear o aumento da temperatura do planeta. Mas para alguns, há tantos pontos em discussão e tão pouco tempo, que o encontro dificilmente será bem-sucedido. CORTE Há algumas semanas, cerca de mil delegados das Nações Unidas se reuniram na cidade de Bonn, Alemanha, para iniciar conversas informais sobre Copenhague. No entanto, vários delegados destacaram que os avanços ainda eram muito lentos e poderiam dificultar um acordo na COP15. O principal problema (que também foi discutido na cúpula dos G9 na Itália, há alguns meses) é a necessidade de os países se comprometerem a diminuir suas emissões, e como deveriam fazer isso. Os países industrializados reafirmam que os países em desenvolvimento, como China e Índia, precisam assinar o acordo. Mas para estes países, cortar emissões também significa desacelerar seu crescimento econômico. Eles não estão dispostos a se comprometer sem que os países ricos ofereçam apoio financeiro, alegando que são responsáveis pela maior parte das emissões do planeta. "Há interesses imensamente divergentes, um documento complicado sobre a mesa, resta pouco tempo e ainda é preciso avançar muito em questões importantes, como o financiamento", ressaltou Yvo de Boer, secretário-executivo da COP15, em entrevista à BBC News. O encontro em Copenhagen dirá se será possível chegar a um acordo que represente um avanço real.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O que é o "olho" do furacão???

O olho é uma área quase circular de ventos comparavelmente calmos e tempo bom encontrado no centro de um ciclone tropical intenso. Embora os ventos sejam calmos no eixo de rotação, pode ocorrer também ventos intensos nessa região. Há pouca ou nenhuma precipitação e muitas vezes pode-se ver céu claro nessa região.

O olho corresponde à região de pressão de superfície mínima e de maiores temperaturas nos níveis mais altos: 10°C mais quente do que o ambiente a 12 km de altitude, mas apenas 2°C no máximo mais quente ao nível de superfície.

Seu tamanho varia de 8 a 200km de diâmetro, mas em média temos ciclones tropicais com diâmetro de olho em torno de 30 a 60km.

O olho é circundado pela parede do olho(área aproximadamente circular de convecção profunda) correspondendo à área de ventos de superfície mais intensos. O olho é composto de ar que apresenta movimento levemente descendente enquanto que a parede tem um fluxo resultante ascendente de moderado a fortes correntes ascendentes e descendentes.

A convecção da parede do olho é fundamental na formação e manutenção do ciclone tropical. Convecção em ciclones tropicais é organizada e alongada na mesma orientação do vento horizontal, sendo chamadas de bandas espirais pela típica formação em espiral. Ao longo dessas bandas a convergência em baixos níveis é máxima e, assim, a divergência é bem pronunciada nos altos níveis.

Ciclones Tropicais

Como os ciclones tropicais se formam??? Para ocorrer ciclogênese tropical deve existir uma série de condições ambientais precursoras favorávies como:
  1. Águas oceânicas quentes(pelo menos 26,5°C) em uma camada suficientemente profunda, cuja profundidade não se sabe ao certo mas deve ser pelo menos da ordem de 50m. Essas águas quentes alimentarão a engrenagem térmica do ciclone tropical.
  2. Uma atmosfera que se resfrie rapidamente com a altura para que seja potencialmente instável à convecção úmida, sendo essa atividade convectiva responsável pela liberação do calor armazenado nas águas para o interior do ciclone.
  3. Camadas relativamente úmidas perto da média troposfera(5km). Níveis médios secos não conduzem ao contínuo desenvolvimento de atividade convectiva em uma vasta área.
  4. Uma distância mínima de pelo menos 500km da linha do Equador. Para ocorrer ciclogênese tropical, há o requisito de uma força de Coriolis não desprezível para que o centro de baixa do distúrbio seja mantido.
  5. Um distúrbio pré-existente próximo à superfíce com vorticidade e convergência suficientes. Ciclones tropicais não podem desenvolver-se espontaneamente, pois necessitam de um sistema levemente organizado com rotação considerável e influxo nos baixos níveis.
  6. Valores baixos de cisalhamento vertical de vento entre a superfície e a alta troposfera. Valores altos de cisalhamento desfavorecem ciclones tropicais incipientes e podem previnir sua gênese ou, no caso de um ciclone já formado, pode enfraquecê-lo ou até mesmo destruí-lo dada sua interferência com a organização convectiva em torno do centro do ciclone.

Qual a diferença entre ciclones tropicais e tempestades de latitudes médias???

Um ciclone tropical é um sistema de baixa pressão que basicamente adquire energia da evaporação da água do mar na presença de ventos intensos e baixas pressões na superfície, tendo a condensação associada às células convectivas concentradas próxima ao seu centro.

Já as tempestades de latitudes médias(centros de baixa pressão associados com frentes frias, frentes quentes, frentes oclusas) adquire energia principalmente dos gradientes latitudinais de temperatura que existem na atmosfera.

Outra diferença é que os ventos de um ciclone tropical apresnta ventos mais intensos próximos à superfície(conseqüência do núcleo quente na troposfera), enquanto que ciclones extratropicais(tempestade de latitudes médias) apresentam ventos mais intensos próximos à tropopausa(conseqüência associada ao núcleo quente na alta troposfera e o núcleo frio na baixa troposfera).

Obs.: Núcleos quentes(frios) referem-se a porções mais quentes(frias) do que o ambiente à mesma pressão.

Qual a diferença entre ciclones tornados???

Embora ambos sejam vórtices atmosféricos, eles tem muito pouco em comum.

Tornados tem diâmetros de centenas de metros e são produzidos por uma única tempestade convectiva. Por outro lado, ciclones tropicais tem diâmetros da ordem de centenas de quilômetros, sendo comparável a dezenas de tempestades convectivas. Além disso, enquanto tornados requerem um forte cisalhamento vertical do vento para sua formação, ciclones tropicais requerem valores baixos de cisalhamento vertical para se formar e crescer.

Os tornados são fenômenos primariamente continentais, de modo que o aquecimento solar sobre o continente usualmente contribui favoravelmente para o desenvolvimento da tempestade que dá início ao tornado(embora tornados sobre o mar também ocorram e são chamados de trombas d'água).

Em contraste, ciclones tropicais são fenômenos puramente oceânicos que morrem sobre o continente devido à quebra no suprimento de umidade. Temos ainda que seu ciclo de vida é de alguns dias, enquanto que o ciclo de vida de um tornado é tipicamente alguns minutos.

Um ponto interessante é que quando um ciclones tropicais está sobre o continente seus ventos de superfície decaem mais fortemente com a altura promovendo, assim, forte cisalhamento vertical do vento que permite a formação de tornados.

Qual ciclone tropical causou o maior número de mortes e o maior prejuízo???

Foi o famoso Bangladesh Cyclone de 1970 que matou mais de 300.000 pessoas por elevar o nível do mar mais de 12m na região da planície costeira e deltas de rios na Índia.

O maior prejuízo finaceiro foi causado por Andrew em 1992 nos Estados Unidos: US$26,5 bilhões.

Entretando, normalizando da situação de acordo com as possibilidades da época, o de maior prejuízo foi o Great Miami Hurricane de 1926. Calcula-se que o prejuízo teria sido de US$70 bilhões se o mesmo tivesse ocorrido nos anos 90.

O que são furacões???

Os termos furacão e tufão são nomes regionais para intensos ciclones tropicais, sendo este último um termo genérico para um centro de baixa pressão não-frontal de escala sinótica sobre águas tropicais ou sub-tropicais com convecção organizada(por exemplo, tempestadaes) e intensa circulção ciclôcica à superfície.

Os ciclones tropicais são regionalmente denominados da seguinte maneira:

  • furacões - no Oceano Atlântico Norte, Oceano Pacífico Nordeste a leste da linha internacional da data e no Oceano Pacífico Sul a leste da longitude 160°E;
  • tufões - no Oceano Pacífico Noroeste a oeste da linha internacional da data;
  • ciclone tropical severo - no Oceano Pacífico Sudoeste a oeste da longitude 160°E e no Oceano Índico Sudeste a leste da longitude 90°E;
  • tempestade ciclônica severa - no Oceano Índico Norte; e
  • ciclone tropical - no Oceano Índico Sudoeste.

Um centro de baixa pressão não-frontal passa por vários estágios até atingir a condição de furacão, sendo classificados de acordo com o vento sustentável de superfície:

  • máximo até 17 m/s - depressões tropicais;
  • máximo entre 18 e 32 m/s - tempestade tropical;
  • máximo acima de 33 m/s - furacões, tufões...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Dica de Site

Voce já viu passar no céu a estação espacial a olho nu? Se você quiser conferir da uma passada no site http://www.satview.com.br - Rastreio de Satélites em tempo Real. Muito show esse site vale a pena conferir, e tambem conferir no céu a passagem da estação espacial. Analía Rodríguez

Escala Fujita

A escala Fujita (ou Fujita-Pearson Tornado Intensity Scale) é a escala que mede a intensidade dos tornados, batizada com este nome em homenagem ao falecido cientista de tornados, Dr. Ted Fujita da Universidade de Chicago.
Escala Fujita F0 F1 F2 F3 F4 F5
Os tornados são medidos pela quantia de estrago que eles causam, e não pelo seu tamanho físico. Também é importante lembrar-se de que o tamanho de um tornado não é necessariamente uma indicação de sua ferocidade. Tornados grandes podem ser fracos, e tornados pequenos podem ser violentos. Escala Esquema da escala Fujita, desenhado pelo próprio Dr. Ted Fujita A escala Fujita vai de F0 (Fujita-0 abreviado) até F6 (Fujita-6 abreviado): * Tornado F0: Velocidades de vento inferiores a 117 km/h. Normalmente causam poucos danos. * Tornado F1: Velocidades de vento entre 117 e 180 km/h. Até mesmo estes tornados podem levantar telhas e mover carros em movimento para fora da estrada. Trailers podem ser tombados e barracos podem desmoronar. * Tornado F2: Velocidades de vento entre 182 e 252 km/h. Os telhados de algumas casas começarão a levantar e os trailers/casas móveis que estiverem no caminho do tornado serão demolidos. Este tornado também pode soprar vagões de trem para fora de seus trilhos. * Tornado F3: Velocidades de vento entre 253 e 333 km/h. Árvores pesadas serão levantadas com raiz e tudo, e paredes e telhados de edifícios sólidos serão arrancados como palitos de fósforos. Isto é um tornado severo. Danos causados por um tornado F4 pela escala Fujita * Tornado F4: Velocidades de vento entre 334 e 419 km/h. Motores de trens e caminhões de 40 toneladas serão arremessados como brinquedos. Haverá devastação total. * Tornado F5: Velocidades de vento entre 420 e 511 km/h. Tornados com esta intensidade destroem tudo em seu caminho. Os carros são arremessados como pedras para centenas de metros, e edifícios inteiros podem ser levantados do chão. A força é semelhante à de uma bomba atômica. * Tornado F6: Velocidade acima de 511 km/h este tipo de tornado era considerado apenas em simulações (chamado de Tornado Inconcebivel)foi possivelmente registrado em 1999, no chamado Tornado de Oklahoma onde a velocidade do vento chegou bem perto dos 533 km/h.

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