
De acordo com o meteorologista Eugenio Hackbart, a transição de El Niño para La Niña foi muito rápida neste ano com velocidade raramente observada. "Até abril estávamos com El Niño e já temos condições de La Niña em junho após um período de neutralidade no oceano que foi relâmpago", comenta Hackbart. O diretor-geral da MetSul observa que o último episódio de La Niña atuou entre 2007 e 2009, quando o Estado experimentou invernos rigorosos e estiagens. Em nível planetário, a mudança de fase no Pacífico tende a ter forte impacto na temperatura global. Verificou-se acentuado declínio quando, por exemplo, da transição do Super El Niño de 1997/1998 para o La Niña forte de 1999/2000 assim como do El Niño de 2007 para o La Niña moderado a forte de 2007/2009.
O fenômeno La Niña, historicamente, traz redução da chuva no Rio Grande do Sul, especialmente durante o verão. No inverno, as massas de ar frio tendem a ser mais intensas e freqüentes. O meteorologista Eugenio Hackbart pondera que como recém as condições de La Niña foram atingidas no Pacífico, o impacto maior na temperatura deve ocorrer na segunda metade do inverno e na primavera, quando os gaúchos podem experimentar importantes episódios de frio, alguns muito tardios, o que pode afetar a agricultura. Já a redução mais acentuada da chuva ocorreria em direção ao final do ano. A possibilidade de volta do La Niña em 2010 era antecipada aos clientes pela MetSul desde o segundo semestre do ano passado.
Autor: Alexandre Amaral de Aguiar
Fonte: DIRETO DA METSUL
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