quarta-feira, 21 de maio de 2008

Em busca de uma lixeira cósmica


Franciane Lovati, Cientistas da Nasa alertam para
o aumento do entulho na órbita da Terra,
especial para a Revista Ciência Hoje On-line, em 20/02/2006


Desde 1957 o homem vem lançando objetos no espaço, sejam foguetes ou satélites. A televisão ao vivo, a previsão do tempo, o sensoriamento remoto: tudo isso só é possível por causa das atividades espaciais.

Hoje os lançamentos são feitos com uma freqüência muito grande, não apenas por Estados, mas também por empresas privadas.

Já existem nove mil fragmentos de lixo espacial sobre a Terra, totalizando mais de cinco mil toneladas de material inútil. E essa quantidade tende a crescer cada vez mais, como alertam dois cientistas da Nasa.
Em artigo publicado na Science de 20 de janeiro, Jer-Chyi Liou e Nicholas Jonhson demonstram que, mesmo que não seja feito mais nenhum lançamento, a quantidade de fragmentos que paira sobre a atmosfera terrestre vai aumentar.
Ainda que lixo proveniente de explosões e de missões ainda em andamento tenda a diminuir, as colisões entre os objetos já em órbita serão cada vez mais freqüentes e devem poluir ainda mais o espaço.
Esses eventos representam um perigo real: os fragmentos resultantes desses choques viajam com uma velocidade suficiente para fazer um buraco numa espaçonave ou inutilizar um satélite.
Três colisões de grande impacto foram catalogadas entre 1991 e 2005. Os autores calculam que, por volta de 2055, os fragmentos provenientes de colisões serão mais numerosos que os provenientes de objetos inativos — e os cientistas alertam que a situação pode ser ainda pior do que indicam as previsões.
Entre 30 e 70 lançamentos são feitos por ano. Os satélites têm uma vida útil de aproximadamente doze anos e os foguetes são lançados em etapas nas quais deixam um rastro de rejeitos que, se não caírem na Terra, vão virar lixo espacial.



Em todo o mundo cientistas trabalham em busca de uma solução para o problema — a Nasa, por exemplo, tem um Programa de Lixo Espacial, coordenado por Johnson. No entanto, ainda não foi descoberto um método eficiente e economicamente viável para remover o lixo.
“Muitas medidas foram desenvolvidas para atenuar o problema, mas isso não é o suficiente para resolvê-lo”, afirmou Liou em entrevista à CH On-line. “Para limitar melhor o aumento do lixo, é preciso uma remoção ativa dos objetos do espaço, o que requer um esforço conjunto de Estados e empresas.”



Quem vai pagar?

Localizado na Califórnia, o radar acima é capaz de detectar objetos de até 2 mm em altitudes abaixo de 1000 km.


Localizado na Califórnia, o radar acima é capaz de detectar objetos

de até 2 mm em altitudes abaixo de 1000 km.(imagem: Orbital Debris Program/Nasa)


Uma alternativa para contornar o problema seria colocar os objetos lançados em órbitas mais altas, para que não causem acidentes.
O impasse é que essas operações custam muito caro e não oferecem nenhum retorno financeiro. Quem vai gastar?”, indaga José Monserrat Filho, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Direito Aeroespacial.
Monserrat explica que as atividades espaciais são por tratados elaborados pelo Comitê Para Uso Pacífico do Espaço Exterior, ligado à Organização das Nações Unidas.
A questão do lixo espacial já foi discutida por especialistas e a França tenta colocar o assunto em pauta há dois anos. Apesar disso, os assuntos só entram na pauta se houver uma aceitação consensual e existem muitos interesses em jogo.
“Países desenvolvidos como os Estados Unidos não querem que as normas fiquem rígidas a ponto de complicar a vida de suas empresas”, explica Monserrat. “Para os países em desenvolvimento não é vantagem pensar no assunto, porque uma legislação rígida vai encarecer a atividade espacial.”
Regras que controlem o lixo espacial — como o uso de materiais mais leves e de desintegração mais rápida — provavelmente tornarão a atividade mais cara.
“Por enquanto não existe nenhuma regra que considere a existência do lixo espacial”, afirma Monserrat. “Esse conceito sequer existe na legislação.”
A situação pode gerar impasses: se, por exemplo, uma colisão inutilizar um satélite, quem irá pagar pelo danoω A não ser que o lixo possa ser reconhecido, ninguém poderá ser responsabilizado. Já existem algumas diretrizes nos vários tratados de direito espacial, mas nada específico.


Existem cerca de 9 mil fragmentos de foguetes e satélites na órbita da Terra

(imagem: Orbital Debris Program/Nasa)

NUVENS: DEFINIÇÃO, FORMAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO

NUVENS 1. Definição de nuvens Nuvem é a umidade do ar condensada. É um conjunto visível em suspensão na atmosfera, constituído de partículas minúsculas de água líquida ou de gelo, ou de ambas ao mesmo tempo, mas que pode conter também partículas procedentes, por exemplo, de vapores industriais, de fumaça ou de poeira. São freqüentes, mas se encontram em constante mudança de dimensão, forma, estrutura, textura, número etc. a classificação das nuvens dependem desses aspectos, bem como da distribuição no espaço das partículas que a constituem, da intensidade e da cor da luz que nela incide e da posição do observador e da luz solar ou lunar. 2. Formação das nuvens Dá-se durante o processo de resfriamento do ar até a condensação da água ocasionada pela subida e expansão do ar. Quando uma massa de ar sobe para níveis onde a pressão atmosférica é cada vez menor e o volume de ar se expande e requer energia. Essa energia é absorvida do calor da massa de ar. Isso faz com que a temperatura caia. A esse fenômeno dá-se o nome de resfriamento adiabático. 3. Classificação das nuvens A) Tipos de nuvens a) Estratiformes: quando se desenvolve horizontalmente, cobrindo grande área. Estas nuvens possuem pouca espessura e a precipitação ocorre de forma leve e contínua. b) Cumuliformes : quando apresentam um desenvolvimento vertical em grande extensão. São nuvens que surgem isoladas, em forte precipitação com pancadas e localizadas. Também podem ser: a) Líquidas : quando são constituídas por gotículas de água b) Sólidas : quando constituídas por cristais de gelo Convencionalmente, a parte da atmosfera em que as nuvens se apresentam habitualmente foi dividida verticalmente em três camadas: a superior, a média e a inferior. Para essas camadas, o Altas Internacional de Nuvens da Organização Meteorológica Mundial, OMM, definiu três estágios das nuvens: a) Nuvens Altas: base acima de 6 km de altura - sólidas (Cirrus, Cirrocumulus e Cirrostratus); b) Nuvens Médias: base entre 2 a 4 km de altura nos pólos, entre 2 a 7 km em latitudes médias, e entre 2 a 8 km no equador - líquidas e mistas (Altocumulus); c) Nuvens Baixas: base até 2 km de altura - líquidas (Stratocumulus e Stratus). -------------------------------------------------------------------- Camadas | Regiões Polares | Regiões Temperadas | Regiões Tropicais -------------------------------------------------------------------- Superior | de 3 a 8 km | de 5 a 13 km | de 6 a 18 km -------------------------------------------------------------------- Média | de 2 a 4 km | de 2 a 7 km | de 2 a 8 km -------------------------------------------------------------------- Inferior | da superfície | da superfície | da superfície | da terra km2 | da terra km2 | da terra km2 -------------------------------------------------------------------- B) Principais gêneros de nuvens Cirrus - Nuvens isoladas com a forma de filamentos broncos e delicados, ou de bancos, ou de faixas estreitas, brancas ou em sua maioria brancas. Estas nuvens têm um aspecto fibroso (cabeludo) ou um brilho sedoso, ou ambas as coisas. Cirrocumulus - Lençol ou c amada fina de nuvens brancas, sem sombra própria, composta de pequeníssimos elementos em forma de grãos, rugas, etc., soldados ou não, e dispostos mais ou menos regularmente; Cirrostratus - Véu de nuvens transparente e esbranquiçado, de aspecto fibroso (cabeludo) ou liso, cobrindo inteiramente ou parcialmente o céu, e dando geralmente lugar a fenômenos de halo. Altocumulus - Lençol ou c amada de nuvens brancas e/ou cinzentas, apresentando geralmente sombras próprias, compostos de pequenas lâminas, seixos, rolos, etc., de aspecto muitas vezes parcialmente fibroso ou difuso, soldados ou não; Altostratus - Lençol ou c amada de nuvens acinzentada ou azulada, de aspecto estriado, fibroso ou uniforme, cobrindo inteiramente ou parcialmente o céu, e podendo apresentar partes suficientemente finas que deixam ver o sol, embora vagamente, como se fosse através de um vidro despolido. Nimbostratus - Lençol ou c amada de nuvens cinzenta, muitas vezes sombria, cujo aspecto torna-se velado em conseqüência das pancadas mais ou menos contínuas de chuva ou de neve que, na maioria dos casos, atingem o solo. A espessura desta camada é, em toda a sua extensão, suficiente para esconder completamente o Sol. Existem freqüentemente abaixo desta camada nuvens esfarrapadas. Stratocumulus - Lençol ou camada de nuvens cinzentas e/ou esbranquiçadas, tendo quase sempre partes sombrias, compostas de mosaicos, seixos, rolos etc.; a maioria dos pequenos elementos dispostos regularmente tem a largura aparente superior a cinco graus. Stratus - Camada de nuvens geralmente cinzenta, com base uniforme, podendo dar lugar a chuviscos, prismas de gelo ou grãos de neve. Quando o sol é visível através da camada, seu contorno torna-se nitidamente visível. Não dão lugar a fenômenos de halo, salvo, eventualmente, a temperaturas muito baixas. Cumulus - Nuvens isoladas, geralmente densas e de contorno bem delineado, desenvolvendo-se verticalmente em forma de mamelões, de domos ou de torres, e cuja região superior, apresentando várias intumescências, assemelha-se, muitas vezes, a uma couve-flor. As partes destas nuvens iluminadas pelo Sol são, muitas vezes, de um branco ofuscante; sua base, relativamente sombria, é sensivelmente horizontal. Cumulonimbus - Nuvens densas e potentes, de considerável dimensão vertical, em forma de montanha ou de enormes torres. Uma de sua região superior é geralmente lisa, fibrosa ou estriada, e quase sempre achatada, expandindo-se, muitas vezes, em forma de bigorna ou de um grande penacho. Em baixo da base desta nuvem, comumente muito escura, podem existir nuvens baixas, ligadas ou não a ela, e precipitações, comumente sob a forma de "virga". C) Espécies de nuvens Fibratus - Nuvens isoladas ou véu fino de nuvens, compostas de filamentos sensivelmente retilíneos ou encurvados mais ou menos irregularmente, e que não são terminados em ganchos ou flocos. (Cirrus e Cirrostratus). Uncinus - Cirrus, muitas vezes em forma de vírgulas terminados em ganchos, ou par flocos cuja parte superior não tem a forma de protuberância arredondada. Spissatus - Cirrus cuja espessura é suficiente para que pareçam cinzentos quando situados na direção do Sol. Castellanus - Nuvens que apresentam, pelo menos em alguma parte da região superior, protuberâncias cumuliformes em forma de pequenas torres, o que dá geralmente a estas nuvens um aspecto denteado. Essas pequenas torres, das quais algumas são mais altas que largas, repousam sobre uma base comum e parecem dispostas em linha. (Cirrus, Cirrocumulus, Altocumulus e Stratocumulus). Floccus - Cada elemento da nuvem é constituído por um pequeno floco de aspecto cumuliforme cuja parte inferior, mais ou menos esfarrapada, é comumente acompanhada de virga. (Cirrus, Cirrocumulus e Altocumulus). Stratiformis - Nuvens expandidas em camadas, ou em lençol horizontal de grande extensão. (Altocumulus, Stratocumulus, e Cirrocumulus). Nebulosus - Nuvem com aspecto de uma camada ou de um véu nebuloso, não apresentando detalhes aparentes. (Cirrostratus e Stratus). Lenticulans - Nuvens em forma de lentes ou amêndoas, geralmente bastante alongadas e cujos contornos estão normalmente bem delimitados; aparecem, muitas vezes, na formação de nuvens de origem orográficas, mas elas podem igualmente ser observadas em cima de regiões sem orografia acentuada. Este (Cirrocumulus, Altocumulus e Stratocumulus). Fractus - Nuvens em forma de farrapos irregulares, tendo um aspecto nitidamente dilacerado. (Stratus e Cumulus). Humilis - Cumulus com pequena dimensão vertical. Geralmente parecem achatados. Um aspecto de vértebras, de costelas ou de um esqueleto de peixe. (Cirrus). Mediocris - Cumulus de dimensão vertical moderada e cujos cumes apresentam protuberâncias pouco desenvolvidas. Congestus - Cumulus apresentando protuberâncias fortemente desenvolvidas e tendo comumente uma dimensão vertical grande; tem freqüentemente o aspecto de uma couve-flor. Calvus - Cumulonimbus no qual algumas protuberâncias que começaram a perder seus contornos cumuliformes. As protuberâncias e as intumescências tendem a formar uma massa esbranquiçada, com estrias mais ou menos verticais. Capillatus - F reqüentemente com a forma de uma bigorna, de um penacho ou de uma vasta cabeleira mais ou menos desordenada, este tipo de nuvem dá geralmente lugar à pancadas de chuva ou a trovoadas acompanhadas freqüentemente de borrascas e, às vezes, de saraiva. D) Variedade de nuvens Intortus - Cirrus cujos filamentos estão encurvados muito irregularmente e parecem, muitas vezes, emaranhados de maneira caprichosa. Undulatus - L ençóis ou camadas apresentando ondulações. Radiatus - Nuvens apresentando faixas paralelas ou dispostas em faixas paralelas que, em conseqüência do efeito da perspectiva, parecem convergir para um ponto do horizonte ou, quando as faixas atravessam inteiramente o céu, para dois pontos opostos do horizonte. Lacunosus - Nuvens geralmente muito delicadas, caracterizadas pela presença de filtros límpidos e arredondados, distribuídos de maneira mais ou menos regular. Duplicatus - Nuvens superpostas, situadas em níveis próximos e às vezes parcialmente soldadas. Translucidus - Nuvens em bancos extensos, lençóis ou camadas, sendo suficientemente translúcidas em sua maior parte, deixando aparecer a posição do Sol e da Lua. Perlucidus - Nuvens em banco extenso, lençol ou camada, apresentando entre os seus elementos interstícios bem pronunciados, mas às vezes muito pequenos. Esses interstícios permitem perceber o Sol, a Lua, o azul do céu ou as nuvens situadas por cima delas. Opacus - Nuvens em banco extenso, lençol ou camada, cuja maior porte é suficientemente opaca para esconder totalmente o Sol ou a Lua. E) Particularidades das nuvens Incus - E m forma de bigorna, de aspecto liso, fibroso ou estriado. Mamma - Protuberâncias pendentes da superfície inferior de urna nuvem, com o aspecto de mamas. (Cirrus, Cirrocumulus, Altocumulus, Altostratus, Stratocumulus e Cumulonimbus). Virga - Rastos de precipitações verticais ou oblíquas, contíguos à superfície inferior de uma nuvem e que não atingem a superfície da terra. (Cirrocumulus, Altocumulus, Altostratus, Nimbostratus, Stratocumulus, Cumulus e Cumulonimbus). Praecipitatio - Precipitações (chuva, garoa, neve, pelotas de gelo, saraiva etc.) caindo de uma nuvem e atingindo a superfície da terra. (Altostratus, Nimbostratus, Stratocumulus, Stratus, Cumulus e Cumulonimbus). Arcus - Rolo horizontal, denso, tendo as bordas mais ou menos esfiapadas, situado antes da parte inferior de certas nuvens, e que toma, quando se expande, o aspecto de um arco sombrio e ameaçador. (Cumulonimbus e, às vezes, Cumulus). Tuba - Coluna ou cone de nuvens invertido em forma de funil, saindo da base de uma nuvem; constitui a manifestação nebulosa de um turbilhão de ventos mais ou menos intensos. (Cumulus). Pileus - Nuvem anexa de fraca dimensão horizontal, em forma de gorro ou capuz. (aparece com os Cumulus e os Cumulonimbus). Velum - Véu de nuvem anexo, de grande extensão horizontal, situado por cima dos topos de uma ou de várias nuvens cumuliformes ou contíguo às regiões superiores que, muitas vezes, o transpassa. (aparece com os Cumulus e os Cumulonimbus). Pannus - Fragmentos esfarrapados que, constituindo às vezes uma camada contínua, aparecem por baixo de uma outra nuvem. (aparece com os Altostratus, Nimbostratus, Cumulus e Cumulonimbus). F) Nuvens orográficas As nuvens orográficas podem se formar numa corrente de ar que transpõe uma colina, uma montanha isolada ou uma cordilheira, embaixo, no nível ou por cima da parte mais alta do obstáculo. Pertencem, mais freqüentemente, aos gêneros Altocumulus, Stratocumulus e Cumulus. Estando associadas ao relevo terrestre, têm, geralmente, um movimento de conjunto nulo ou muito lento, ainda que o vento ao nível das nuvens possa ser muito forte. Em certos casos, a velocidade do vento pode ser posta em evidência pelo movimento de certos detalhes apreciáveis, como, por exemplo, o dos elementos isolados que são arrastados de um extremo ao outro da nuvem. As nuvens deste tipo geralmente não produzem precipitações e, quando as produzem, são sempre muito fracas. As colinas ou as montanhas altas podem produzir a formação, na vertente "exposta ao vento", de nuvens de grande extensão horizontal e que dão lugar a precipitações. As nuvens orográficas coroam a crista da montanha e se dissolvem imediatamente, longe dela. G) Nuvens nacaradas As nuvens nacaradas assemelham-se aos Cirrus ou Altocumulus em forma de lentes. As cores das irisações têm seu brilho máximo quando o Sol se encontra a alguns graus abaixo do horizonte. A constituição física das nuvens nacaradas é ainda desconhecida, mas há a hipótese de que constituídas por minúsculas gotículas de água ou por partículas esféricas de gelo. As nuvens nacaradas são raras. Foram observadas principalmente na Escócia, na Escandinávia, na França e no Alasca. Medidas efetuadas nas nuvens nacaradas, observadas no sul da Noruega, mostraram se encontravam em altitudes compreendidas entre 21 e 30 quilômetros. H) Nuvens noturnas luminosas As nuvens noturnas luminosas se parecem com os Cirrus tênues, mas geralmente apresentam uma coloração azulada ou prateada, algumas vezes alaranjada ou vermelha; destacam-se sobre o fundo escuro do céu noturno. A constituição física dessas nuvens é ainda desconhecida, mas há certas razões para se pensar que sejam constituídas por poeiras cósmicas muito finas. As nuvens noturnas luminosas só foram observadas muito raramente e na parte setentrional da zona de latitude média do Hemisfério Norte, durante os meses de verão, quando o Sol se encontrava entre 5 e 13 graus abaixo do horizonte. As medições realizadas mostraram que estas nuvens se encontravam em altitudes compreendidas entre 75 e 90 quilômetros. I) Rastos de condensação Os rastos de condensação são nuvens que se formam no rasto de um avião quando a atmosfera, ao nível do vôo, está suficientemente fria e úmida. Quando de formação recente, tem o aspecto de riscos broncos brilhantes; mas, ao fim de pouco tempo, apresentam intumescências pendentes, com a forma de cogumelos invertidos. O fator principal que intervém na formação dos rastos de condensação é o resfriamento dos gases de escoamento que, em conseqüência da combustão do carburante, tem um forte teor de vapor de água. Rastos fugazes formam-se, às vezes, como conseqüência da expansão do ar nos remoinhos das extremidades das pás das hélices e das asas. J) Nuvens de incêndios Os produtos da combustão provenientes dos grandes incêndios (por exemplo, incêndios das florestas ou incêndios de depósitos de petróleo) tomam freqüentemente o aspecto de nuvens densas, sombrias, apresentando intumescências e parecendo nuvens de convecção fortemente desenvolvidas, das quais se distinguem, não obstante, pela rapidez do seu desenvolvimento e pela sua cor escura. Os produtos da combustão, como os que provêm dos incêndios de florestas ou das grandes queimadas das matas tropicais, podem ser arrastados pelo vento a grandes distâncias do lugar de origem. Tomam o aspecto de véus estratiformes pouco espessos e de matiz característico, produzindo, às vezes, uma tonalidade azul que encobre o Sol ou a Lua. K) Nuvens de erupções vulcânicas As nuvens formadas pelas erupções vulcânicas. Podem expandir-se a grandes altitudes e cobrir grandes regiões, neste caso, o céu apresenta uma coloração característica, capaz de subsistir por várias semanas. As nuvens de erupções vulcânicas são constituídas, em sua maioria, por partículas de poeira ou por outras partículas sólidas de dimensões diversas. Estas nuvens podem igualmente conter partes quase que inteiramente constituídas por gotículas de água e produzir, às vezes, precipitações. Fonte: http://www.fisica.ufc.br/lfnm/html/nuvens.html

Tornados


Por onde passam deixam um rasto de devastação. As testemunhas que já viram de perto estes ventos espirais furiosos descrevem sua aproximação como a de um assuastador rugido de um motor de jato. Existem loucos como o metereologista, dublê de fotógrafo, Eric Nguyen, que caçam estes fenômenos pelo mundo. O resultado são estas belas imagens.



sexta-feira, 28 de março de 2008

VCAN – Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (tipo Palmer)

É um dos principais sistemas meteorológicos que provoca alterações no tempo da região Nordeste do Brasil. Origina-se sobre o Oceano Atlântico entre a faixa de 20ºW - 45ºW e 0º - 28ºS, e produz tempo bom na região sul e central do Nordeste e chuvas no setor norte do Nordeste. Ele apresenta um núcleo relativamente frio em relação a sua periferia, com subsidência que inibe a nebulosidade no seu centro. Os vórtices deslocam-se lentamente do oceano para o continente e vice-versa. Nebulosidade e instabilidades ocorrem nos setores leste e nordeste do vórtice. É observado nas estações de primavera, verão e outono, com máxima freqüência no mês de janeiro, esse sistema varia consideravelmente, uns duram apenas algumas horas, enquanto outros mais de duas semanas. A vida média desse sistema varia consideravelmente, uns duram apenas algumas horas, enquanto outros mais de duas semanas. A trajetória dos vórtices é irregular, porém existe uma tendência para ser anticiclônica, iniciando o círculo sobre o oceano Atlântico Sul nas latitudes subtropicais. A formação deste sistema ciclônico coincide com a época do ano onde o escoamento em altos níveis (200 hPa) apresenta-se meridional, de sul a norte, sobre o Brasil a leste do meridiano de 50o W. No verão o intenso aquecimento do continente causa desenvolvimento de um anticiclone (Alta da Bolívia) sobre a América do Sul tropical, e um cavado no Oceano Atlântico próximo ao litoral nordeste do Brasil, nos altos níveis. A intensidade do anticiclone sobre o continente em 200 hPa, determina a formação dos vórtices ciclônicos sobre o oceano. A maioria dos vórtices ciclônicos da alta troposfera estão confinados nos altos níveis (acima de 5000m de altura), pois cerca de 60% não atingem o nivel de 700 hPa e em torno de 10% atingem a superfície. Sua circulação ciclônica (horária no Hemisfério Sul) surge inicialmente nas partes mais alta da troposfera (em torno de 12 km de altura), estendendo-se gradualmente para os níveis mais baixos. Os ventos são fracos nos níveis baixos e médios, aumentando sua velocidade com a altura e atingindo velocidade máxima em torno de 200 hPa. Esses vórtices ciclônicos são caracterizados por um movimento descendente de ar frio e seco no seu centro e um movimento ascendente de ar quente e úmido na sua periferia, possuindo portanto uma circulação direta. Os vórtices ciclônicos provocam alteração no tempo e, dependendo de sua intensidade e permanência, causam sérios problemas locais e regionais. Ao se deslocar para oeste sobre a Região Nordeste, estes sistemas com o centro sobre o interior do continente, inibem chuvas sobre esta região. O vórtice também impede o deslocamento dos sistemas frontais para o litoral do nordeste, contribuindo para a permanência dos mesmos sobre a Região Sudeste onde causam precipitações persistentes.

Vórtice Ciclônicos de Altos Níveis – Subtropical - VCAN

Os vórtices ciclônicos de altos níveis podem ser classificados em Palmer que atua na região Nordeste do Brasil ou Palmém que atua em latitude subtropical, neste caso será estudado o vórtice de atuação Subtropical. Normalmente o VCAN inicia-se no Oceano Pacífico e ao atravessar os Andes provoca alterações do tempo no Uruguai,Norte da Argentina e nas regiões Sul e Sudeste do Brasil. Caracterizado como sistema fechado de baixa pressão de escala sinótica, possui um centro mais frio que a periferia, e geralmente podem durar uma hora ou semanas. Os vórtices do tipo Palmém são observados na primavera e inverno, principalmente no mês de julho. Efeitos da Advecção de vorticidade: As principais causas dos VCANs estão relacionadas a instabilidade e precipitação na parte leste e nordeste do vórtice. Pois segundo os estudos de Sutcliff, na parte E/NE do vórtice encontra-se a máxima advecção de vorticidade negativa em altos níveis e consequentemente convergência em superfície, de modo que sempre vamos observar um sistema baroclínico. Portanto para o HS, AVN está relacionado a circulação ciclônica e convergência em superfície e AVP está relacionado a circulação anticiclônica e divergência em superfície. Efeitos do termo Diabático: Considerando inicialmente somente os efeitos do aquecimento diabático, este termo implica nas variações da vorticidade em superfície. Se este termo for negativo no HS, atuando como fonte de calor, este contribuirá para formação ciclônica, logo se for positiva no HS, atuando como sumidouro de calor, contribuirá para a formação anticiclônica. Efeitos do termo Adiabático: Relacionado a condições de estabilidade e instabilidade atmosférica. Para uma atmosfera estável, o termo adiabático geralmente tende a atuar como freio, tanto no desenvolvimento ciclônico como no anticiclônico. Um exemplo é o cavado a sotavento das montanhas, como mostra a figura abaixo.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Tornados - O que são?

furacão

Acontecem quando o ar está em movimentos circulares, fortes e rápidos. Esses movimentos são formados por correntes de ar quente e frio que se encontram, criando uma área giratória de pressão. A colisão do ar quente com o frio forma um funil. Furacões ou tufões são mais fortes e dependem do lugar em que se formam (na maioria das vezes, os oceanos Atlântico ou Pacífico). São os tipos mais destruidores.

Os tornados são localizados, ou seja, existem em lugares específicos. Um tornado alcança velocidades maiores do que 75km/h. Deve estar em contato com o chão e com a nuvem de chuva em cima dele. Imaginou a altura? tornado Apesar de não existir uma freqüência definida, alguns cientistas acreditam que a tendência é aumentar o número de tornados, ciclones e furacões pelo mundo. Há poucas semanas, um tornado em Criciúma (Santa Catarina) durou mais de sete minutos e destruiu casas e ruas. Quem pensava que no nosso País não existiam fenômenos assim estava enganado! No começo de 2004, também ocorreram ventos fortes no litoral de Santa Catarina. Todos esses ventos no Brasil foram classificados como tornados, pois atingiram velocidades altas e a destruição foi grande.

Dizer quando um tornado ou furacão vai acontecer é quase impossível, e por isso a destruição é tão grande. As pessoas não conseguem se proteger a tempo.

Alguns sinais

  • Nuvens fortes e pouco giratórias;
  • Pó ou coisas pesadas girando no chão, enquanto no céu aparece uma nuvem de chuva;
  • Mudanças bruscas na direção dos ventos;
  • Chuva de granizo;
  • Trovões e relâmpagos com ventos fortes.

Classificação dos ventos

Os ventos fortes e destruidores são classificados quanto à sua velocidade e força:

  • F1 - Intensidade baixa -velocidade de 115 a 152Km/h;
  • F2 - Intensidade suave, não tão baixa - velocidade de 153km/h a 176km/h;
  • F3 - Intensidade forte - velocidade de 177km/h a 208km/h;
  • F4 - Intensidade extrema - os ventos atingem velocidades altíssimas, podendo chegar a até 250km/h;
  • F5 - Intensidade destruidora - eles ultrapassam 250km/h. Estes são os piores, com conseqüências irreparáveis.

Seja amigo da natureza!

Tomara que você tenha se divertido e aprendido bastante! Viu como a natureza pode nos surpreender? Então, vamos cuidar muito bem dela, para que nada de tão ruim aconteça. Faça a sua parte, que já será um ótimo começo!

TORNADOS * NOTICIAS FEBRERO 2008

6 de febrero de 2008

Numerosas víctimas y daños producidos por una serie de tornados en los Estados de Tennessee, Mississippi, Arkansas y Ohio (Estados Unidos)

Docenas de personas han muerto durante los violentos tornados que se han producido a lo largo de varios estados del sur de los Estados Unidos (por cortesía de la BBC).

Las autoridades han confirmado la muerte de al menos 52 personas, aunque este número podría aumentar ya que los equipos de emergencia siguen buscando más víctimas entre los escombros producidos por las violentas tormentas y tornados que han azotado el medio-Sur de los Estado Unidos.

Estos fenómenos naturales tan violentos han destrozado casas, una residencia de ancianos y los dormitorios de una residencia de estudiantes en una universidad. Unos 1.000 vehículos estacionados en el aparcamiento de la Universidad han sufrido daños.

La habitación de las estudiantes femeninas de la Universidad ha quedado completamente destruida, aunque afortunadamente las 15 jóvenes lograron refugiarse a tiempo en el baño. Nueve estudiantes han sido hospitalizados, aunque ninguno de ellos presenta heridas graves y no se teme por sus vidas.

Cuatro estados, Tennessee, Mississippi, Arkansas y Ohio, se han visto gravemente afectados por los tornados, y aunque la tormenta parece ir perdiendo intensidad, el Servicio Nacional de Meteorología de los Estados Unidos ha decretado una alerta por tornado y tormentas extremas, ya que todavía pueden producirse más situaciones similares.

En el Este, en el Condado de Shelby, el tornado desprendió el tejado de un hangar del aeropuerto Internacional de Memphis.

En las zonas rurales de Tennessee, los equipos de rescate acuden puerta por puerta en busca de algún herido.

En el Condado de Sumner, se encontró el cuerpo sin vida de una madre en un arroyo, a metros de distancia de donde se encontraba en su casa. Su bebé ha sido hallado vivo, todavía más lejos, y ha sido traslado al hospital más cercano.

En el Condado de Muhlenberg, donde se encuentra la ciudad de Atkins – muy afectada por un tornado - se ha declarado el estado de emergencia.

La situación es catastrófica en numerosas ciudades y zonas rurales, donde los daños son cuantiosos.

Sólo en Mississippi, el director de la Agencia Estatal de Coordinación de Emergencias calcula que se produjeron entre 20 y 30 tornados.

6 de febrero de 2008

Vientos intensos en espiral, que parecían un tornado, causan daños varios en vehículos en Picton (Nueva Zelanda)

Picton ha sido alcanzado por un mini-tornado de unos cuatro pisos de altura. La ciudad escapó de la fuerza del viento, que destrozó las ventanas de 20 vehículos y tres camiones estacionados cerca de la terminal del Ferry Interislander.

Según el portavoz del Servicio de Meteorología, no fue exactamente un tornado, ya que no había una profunda depresión en la zona, esencial para que pueda formarse uno, sino de unos violentos en espiral en forma de vórtice, con un efecto muy similar.

El “tornado de escombros marrones” llegó desde el sur, sobre las 13:30 horas, y medía unos cuatro pisos de alto por seis metros de ancho.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

MetSul divulga seu boletim de tendência para a temporada de furacões 2008

Um dos prognósticos mais difíceis em Meteorologia é antecipar o comportamento de uma temporada de furacões do ano seguinte no Atlântico Norte, especialmente considerando que esta é a região com maior variabilidade interanual dentre todas que apresentam atividade de ciclones tropicais no mundo. Muitos afirmam que as tendências de temporada de furacões não se revestem de qualquer confiabilidade, mas existem parâmetros científicos que podem sugerir um determinado comportamento. O Weather Channel adota a política de não formular previsões, mas organizações como o NOAA, a Universidade do Colorado e a empresa norte-americana AccuWeather divulgam suas tendências. As duas últimas apresentam as suas previsões pouco meses antes do começo da temporada em 1º de junho, mas a equipe de William Gray e Philip Klotzbach divulgam seu primeiro prognóstico ainda em dezembro do ano anterior. A MetSul Meteorologia, em dezembro de 2006, um dia antes da divulgação do prognóstico da Universidade do Colorado, antecipava para o ano de 2007 um total de 14 tempestades, 7 furacões e 3 intensos. No final, 2007 deve terminar com 15 tempestades, 6 furacões e 2 intensos. A primeira experiência da MetSul Meteorologia, assim, mostrou-se satisfatória na antecipação da tendência para o ano seguinte. Repetimos agora a experiência meramente por experiência e desejo de melhoramento profissional, afinal estas projeções estão sujeitas a uma grande margem de erro. Como diz a Universidade do Colorado quanto ao seu prognóstico, ele é divulgado "para satisfazer a curiosidade do público e chamar a atenção para o problema dos furacões". A MetSul Meteorologia, ao contrário da Universidade do Colorado que desenvolveu um modelo estatístico para as suas previsões, faz uma análise estatística média dos anos que considera análogos ao período atual pela sua semelhança nas condições globais atmosféricas, especialmente em face do Multivariate Enso Index (MEI) que é o mais amplo índice ENSO. Ponderamos ainda a fase da Oscilação Multidecadal do Atlântico, a tendência indicada pelos modelos para a temperatura do Atlântico Norte e a possível evolução do fenômeno La Niña assim como os análogos verificados a partir do comportamento do clima no Sul do Brasil nos meses que antecederam a divulgação desta tendência, conforme a interpretação da MetSul Meteorologia. Sob o ponto de vista estatístico, os anos análogos para fins de previsão da temporada de furacões de 2008 da MetSul Meteorologia são 1950, 1955, 1965, 1971, 1974, 1989, 1991, 1993 e 2000. Verificando-se a média destes anos chega-se ao número de 12 tempestades no ano, 6 furacões e 3 intensos. Ano Total Furacões Intensos 1950 13 11 8 1955 12 9 6 1965 6 4 1 1971 13 6 1 1974 11 4 2 1989 11 7 2 1991 8 4 2 1993 8 4 1 2000 15 8 3 Média 12 6 3 A Universidade do Colorado, em sua projeção agora de dezembro de 2007, considera cinco anos como análogos: 1953, 1956, 1989, 1999 e 2000. Observa-se, assim, que dois dos anos escolhidos pela CSU estão entre os análogos da MetSul: 1989 e 2000. Em nosso entender este dois anos são, de fato, fortíssimos análogos para se antecipar o que pode vir a ocorrer no Atlântico Norte no próximo ano. Quando do nosso primeiro prognóstico experimental em 2006 não contávamos ainda com o boletim da Universidade do Colorado como agora, mas dispondo da avaliação de Gray e Klotzbach é interessante avaliar a média dos análogos por eles escolhidos com os análogos sugeridos pela MetSul. A média final é de 11 tempestades, 6 furacões e 4 intensos. Ano Total Furacões Intensos 1950 13 11 8 1953 14 6 4 1955 12 9 6 1956 9 4 2 1965 6 4 1 1971 13 6 1 1974 11 4 2 1989 11 7 2 1991 8 4 2 1993 8 4 1 1999 12 8 5 2000 15 8 3 Média 11 6 4 Considerando-se exclusivamente os análogos sugeridos pela Colorado State University (CSU) tem-se 10 tempestades, 6,6 furacões e 3 intensos. Ano Total Furacões Intensos 1953 14 6 4 1956 9 4 2 1989 11 7 2 1999 12 8 5 2000 15 8 3 Média 10 6,6 3 Observe que nos três cenários de análogos (MetSul, MetSul + CSU e CSU) o número de furacões e de tempestades intensas (categoria 3 ou superior na escala Saffir-Simpson) é muito semelhante. A CSU, em seu prognóstico agora de dezembro, antecipa uma temporada pouco mais ativa que a média de 1950-2000 com 13 tempestades (média é 9,6), 7 furacões (5,9) e 3 intensos (2,3). A MetSul Meteorologia espera a continuidade do fenômeno La Niña em grande parte ou mesmo na totalidade do ano de 2008, sendo que historicamente o resfriamento das águas do Oceano Pacífico está associada a um número de tempestades acima da média. Por outro lado, o Atlântico encontra-se na sua fase positiva da Oscilação Multidecal (AMO), o que não redundou em temporadas ativas em 2006 e 2007 por terceiros fatores. Se estas condições (sinal negativo no Pacífico e fase positiva da AMO) são forçantes para uma temporada mais ativa, modelos de longo prazo indicam que o Atlântico Norte tropical pode apresentar anomalias negativas de temperatura em 2008, o que mitigaria ou mesmo anularia as duas condições anteriores. Um dos pontos de maior controvérsia em 2007 foi a classificação de fracas tempestades como sistemas tropicais ou subtropicais. Tempestades que receberam nomes dificilmente entrariam na estatística no período anterior à era dos satélites. Nesse sentido, como pelo menos uma ou duas tempestades desta natureza – identificadas somente por satélites – ocorrem a cada ano, a estatística que levamos em conta para a média dos nossos análogos possivelmente sofra uma distorção de pelo menos uma tempestade a menor por ano no período anterior à observação por satélites. Assim, diante do número de tempestades médio sugerido de 12 pelos análogos da MetSul e ponderando este fator, nosso número-alvo de tempestades a receberam nomes em 2008 é de 13. No tocante ao número de furacões, são fortes as evidências em todos os análogos apresentados (MetSul e CSU) de 6 tempestades atingindo este status. O mesmo ocorre em relação a furacões intensos em que há identidade de números em 3. Assim, nosso números-alvos (target) são 13, 6 e 3 em que seria razoável antecipar-se 12 a 14 tempestades, 5 a 7 furacões e 2 a 4 intensos. Onde consideramos maior a margem de erro para 2008 é no número de tempestades intensas que, em nosso entendimento, tem uma probabilidade maior de ser menor do que o indicado do que acima. Finalmente, considerando os nossos análogos, especialmente os que emprestamos maior relevo, 1965 e 1989, é razoável igualmente antecipar-se o risco de ao menos um furacão intenso atingir a área continental dos Estados Unidos assim como ocorreu com Betsy em 1965 na Louisiana e Hugo nas Carolinas em 1989, dois sistemas que trouxeram dezenas de mortes e prejuízos extremamente elevados. Eugenio Hackbart - 16/12/2007 00:41:14

sábado, 8 de dezembro de 2007

Parque Nacional de Yellowstone

Patrimônio Mundial da UNESCO Parque Nacional de Yellowstone Localização: 44º27'38"N 110º49'40"O O Parque Nacional de Yellowstone é um parque nacional norte-americano localizado nos estados de Wyoming, Montana e Idaho. É o mais antigo parque nacional no mundo. Foi inaugurado a 1 de março de 1872 e cobre uma área de 8.980 km², estando a maior parte dele no noroeste de Wyoming. O parque é famoso por, entre outras atrações, seus gêisers, suas fontes termais e por sua variedade de vida selvagem, na qual incluem-se ursos marrons, lobos, bisões, alces, etc. É o centro do grande ecossistema de Yellowstone, que é um dos maiores ecossistema de clima temperado ainda restantes no planeta. O gêiser mais famoso do mundo, denominado Old Faithful Geyser, encontra-se neste parque. A cidade mais próxima do parque Yellowstone é Billings, Montana. Muito antes da haver presença humana em Yellowstone, uma grande erupção vulcânica ejectou um volume imenso de cinza vulcânica que cobriu todo o leste dos Estados Unidos da América, a maioria do centro-oeste, o norte do México e algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico. Esta erupção foi muito maior que a famosa erupção do Monte Santa Helena, em 1980. Deixou uma enorme caldeira vulcânica (70 km por 30 km) assentada sobre uma câmara magmática. Yellowstone registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640 000 anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas na Terra durante esse período de tempo, provocando alterações no clima nos períodos posteriores à sua ocorrência. * 1 História da presença humana * 2 Fogos florestais * 3 Geografia * 4 Geologia * 5 Biologia e ecologia * 6 Turismo * 7 Referências * 8 Bibliografia * 9 Ligações externas o 9.1 Gerais o 9.2 Guias o 9.3 Organizações História da presença humana A presença humana no parque remonta a 11 000 anos. Os nativos americanos que caçavam e pescavam na região de Yellowstone utilizavam significantes quantidades de obsidiana aí encontradas para produção de armas e de utensílios de corte. Pontas de seta fabricadas a partir da obsidiana de Yellowstone são encontradas tão longe como o vale do rio Mississippi, o que indica que haveria negócios entre os nativos americanos de Yellowstone e outras tribos mais a leste. Em 1806, um membro da Expedição Lewis e Clark, de seu nome John Colter, abandonou esta expedição e juntou-se a um grupo de caçadores de peles. Terá sido o primeiro não nativo a visitar a região e a ter contacto com a realidade dos nativos americanos radicados nessa região. Após ter sobrevivido a danos corporais sofridos durante uma batalha que envolveu a tribo Crow e tribos Blackfoot, ele terá relatado a existência de um local que denominou de fogo e enxofre. A maior parte das pessoas que ouviram este relato não acreditaram, supondo que se tratasse mais de um delírio, tendo mesmo chamado a esse supostamente imaginário local de Inferno de Colter (Colter's Hell). Mais tarde, o explorador Jim Bridger, após ter regressado de uma expedição ao parque (1857), contou histórias da existência de fontes em ebulição, de locais onde a água jorrava energicamente e de montanhas repletas de substâncias vítreas e de rochas amarelas. Devido à reputação que Bridger tinha, estes relatos foram largamente ignorados. No entanto, as suas histórias despertaram o interesse do explorador e geólogo Ferdinand Vandeveer Hayden que, em 1859, iniciou uma expedição de 2 anos à área montante do rio Missouri. Nessa expedição levou consigo como guias W.F. Reynolds (explorador do Exército dos Estados Unidos da América) e o próprio Bridger. O grupo aproximou-se da região de Yellowstone mas foi forçado a recuar devido a intensos nevões que então se fizeram sentir. Entretanto começaria a Guerra civil americana, impedindo tentativas de exploração mais profundas da região. Lower Yellowstone Falls: esta cascata é o local onde o rio Yellowstone mergulha em direcção ao grande desfiladeiro de Yellowstone. Lower Yellowstone Falls: esta cascata é o local onde o rio Yellowstone mergulha em direcção ao grande desfiladeiro de Yellowstone. A primeira expedição detalhada à área de Yellowstone foi protagonizada pela expedição de Folsom, em 1869. Baseado na informação recolhida na expedição de 1869, um grupo de residentes em Montana organizou a expedição Washburn-Langford-Doane (1870), comandada por Henry Washburn. Nathaniel P. Langford (mais tarde conhecido como "National Park" Langford) fazia parte deste grupo, assim como Gustavus Doane, que comandava um destacamento do exército dos EUA. A expedição demorou um mês a explorar a região, fazendo recolha de espécimenes e nomeando os sítios de interesse. É por esta altura que foi esboçada pela primeira vez a ideia de Yellowstone se tornar um Parque Nacional. Essa ideia pertenceu a Cornelius Hedges, um advogado de Montana. Em 1871, onze anos após a sua primeira tentativa frustrada, F.V. Hayden conseguiu finalmente condições para explorar a região. Esta expedição, de maiores dimensões, foi patrocinada pelo governo. Hayden elaborou um relatório exaustivo sobre Yellowstone, que incluía fotografias em grande formato elaboradas por William Henry Jackson e pinturas elaboradas por Thomas Moran. Este relatório ajudou a convencer o Congresso dos Estados Unidos da América a retirar a região da hipótese de leilão público. Em 1 de Março de 1872, o presidente Ulysses S. Grant promulgou legislativamente a criação do Parque Nacional de Yellowstone.[1] "National Park" Langford, membro das expedições efectuadas em 1870 e 1871, foi designado como o primeiro superintendente do parque, em 1872. Serviu durante cinco anos, embora sem salário, fundos ou pessoal auxiliar. Faltavam-lhe meios para melhorar as condições dos terrenos e para implementar medidas de protecção do parque. Como não havia nenhum policiamento do parque e este carecia de regulamento, era vulgar que sofresse ataques de ladrões, vândalos e de outras pessoas indesejadas cujo interessse era somente de captar os valiosos recursos que o parque oferecia. Como resultado disto, Lagford foi forçado a abandonar o cargo em 1877. Tendo viajado através de Yellowstone e testemunhado pessoalmente os problemas de que o parque sofria, Philetus Norris voluntariou-se para tomar o cargo deixado por Langford. O Congresso finalmente decidiu providenciar um salário para o intendente do parque, assim como uma pequena quantidade de fundos para operacionalizar os assuntos do parque. Langford usou então estes fundos para expandir os acessos ao parque, construindo 30 novas estradas, assim como para explorar em maior profundidade o parque. Foi contratado um ajudante (Harry Yount) para controlar os saques e vandalismos que ocoriam no parque. Hoje em dia, Harry Yount é considerado como o primeiro guarda de parque (national park ranger). Estas medidas mostraram-se no entanto insuficientes no que diz respeito à protecção do parque. Quer Philetus Norris, quer os três superintendente que se lhe seguiram, conseguiram impedir efectivamente a destruição dos recursos naturais do parque. Só em 1886, quando foi dada a tarefa de gestão do parque ao exército dos Estados Unidos da América, é que se conseguiu efectivamente controlar uma boa parte dos seus problemas. Com fundos suficientes e com pessoal para efectuar uma vigilância efectiva, o exército conseguiu desenvolver com sucesso o policiamento e os regulamentos que permitiam manter o acesso público ao mesmo tempo que se protegia a vida selvagem e os recursos naturais do parque. O Serviço Nacional de Parques, criado em 1916, acabou por ficar a ser gerido pelo exército, devido ao sucesso desta entidade na realização das tarefas que lhe lhe haviam sido confiadas em relação a este parque. O Parque Nacional de Yellowstone foi designado como Reserva da biosfera, a 26 de Outubro de 1976. Em 8 de Setembro de 1978 foi designado como Património Mundial, pela UNESCO. Fort Yellowstone: outrora uma base do exército dos EUA, agora serve como sede administrativa do parque. Fort Yellowstone: outrora uma base do exército dos EUA, agora serve como sede administrativa do parque. Fogos florestais Uma série de fogos florestais derivados de relâmpagos começaram a alastrar pelo parque no verão de 1998. Milhares de bombeiros acorreram ao local para prevenir que estruturas aí construídas pelo Homem fossem destruídas. No entanto, não houve esforço sério para extinguir completamente os fogos, que deixaram de lavrar quando chegaram as chuvas outonais. Os ecologistas argumentam que os fogos fazem parte da dinâmica do ecossistema de Yellowstone: não permitir que os fogos se desenvolvam naturalmente poderá ter como resultado o desenvolvimento de uma floresta sobrepovoada e dessa maneira vulnerável à desoxigenação, ao aparecimento de doenças e enfraquecimento geral da floresta. De facto, a megafauna do parque foi pouco afectada por esses fogos. Desde então, muitas árvores novas voltaram a nascer e antigos sistemas de vistas voltaram a reaparecer. Alguns sítios de interesse arqueológico e geológico foram também descobertos e catalogados pelos cientistas. O Serviço Nacional de Parques tem agora uma política de despoletar pequenos fogos controlados, para prevenir que se acumulem demasiados materiais inflamáveis no parque. Durante o Verão de 1988, vários incêndios florestais devastaram o parque Geografia A divisória continental passa através do parque. A divisória continental da América do Norte prolonga-se diagonalmente através do sudoeste do parque. Esta divisória é um acidente topográfico (cadeia montanhosa) que bissecta o continente entre as bacias de drenagem do Oceano Atlântico e do Oceano Pacífico (um terço do parque encontra-se na bacia de drenagem do oceano Pacífico). Por exemplo, o rio Yellowstone e o rio Snake têm as suas nascentes próximas um da outra, no parque. No entanto, a nascente do rio Snake encontra-se do lado oeste da divisória continental e a nascente do rio Yellowstone encontra-se no lado oriental. Dessa maneira, as águas do rio Snake dirigem-se para o Pacífico enquanto que as águas do rio Yellowstone dirigem-se para o Atlântico (Golfo do México). O parque assenta sobre um planalto elevado com uma média de 2 400 m acima do nível do mar e é bordejado em quase todas as direcções pelas Montanhas Rochosas que se elevam de 3 000 a 4 300 m. As cadeias montanhosas circundantes são: * Gallatin Range (a noroeste) * Beartooth Mountains (a norte) * Absaroka Mountains (a leste) * Wind River Range (a sudeste) * Teton Mountains (a sul) * Madison Range (a oeste) O ponto mais alto no planalto denomina-se Mount Washburn (3 122 m). A sudoeste do parque encontra-se um planalto bordejado por pequenos montes denominado Island Park Caldera. Para além deste planalto localizam-se as planícies do rio Snake (na parte sul de Idaho), que se encontram cobertas por basalto. Uma das particularidade mais interessantes do planalto de Yellowstone é a caldeira vulcânica aí existente; é uma caldeira de grandes dimensões que se encontra coberta quase na totalidade por fragmentos de rocha derivados de actividade vulcânica e que mede 50 por 60 km. Dentro desta caldeira encontra-se o lago Yellowstone, que é o maior lago em elevação da América do Norte. Geologia Mapa mostrando a localização de alguns dos pontos quentes mais conhecidos. A região de Yellowstone encontra-se por cima de um deste pontos. Mapa mostrando a localização de alguns dos pontos quentes mais conhecidos. A região de Yellowstone encontra-se por cima de um deste pontos. Yellowstone situa-se na ponta nordeste de um acidente geográfico em forma de U que atravessa as montanhas e que actualmente são as planícies do rio Snake. Esta planície em forma curva foi criada na altura em que o continente americano sofria deriva continental e passava por um hotspot ("zona quente") vulcânico existente abaixo da crosta terrestre. Este hotspot estava anteriormente localizado onde é hoje a localidade de Boise, no estado de Idaho. Mas a América do Norte sofreu uma deriva, à velocidade de 45 mm por ano, na direcção sudoeste, que relocalizou o hotspot até ao lugar actual. A caldeira vulcânica de Yellowstone é o maior sistema vulcânico existente na América do Norte. É normalmente denominado como "supervulcão" porque a caldeira foi formada por acção de erupções explosivas de elevada proporção. A caldeira foi criada por uma erupção cataclísmica que ocorreu há cerca de 640 000 anos e que libertou 1000 quilómetros cúbicos de cinza, rocha e materiais piroclásticos (este evento teve uma proporção 450 vezes maior que a erupção do Monte Santa Helena, em 1980), formando uma cratera vulcânica com quase 1 km de profundidade e abrangendo uma superfície de 30 por 70 km (o tamanho da caldeira tem no entanto sido modificado desde essa altura). A formação geológica assim formada toma o nome de tufo e esta em particular passou a ser conhecida como Lava Creek Tuff. Para além deste grande ciclo eruptivo, outros dois ciclos haviam já ocorrido nesta região. Cada erupção é de facto parte de um ciclo eruptivo maior que atinge o seu clímax com o colapso da cobertura de uma câmara magmática. Isto cria uma cratera, denominada caldeira, e liberta grandes quantidade de material vulcânico (normalmente através de fissuras que bordejam a caldeira). O tempo que medeia as três últimas erupções cataclísmicas na região de Yellowstone, variou de 600 000 a 900 000 anos. O pequeno número destes eventos eruptivos não permite que sejam feitas predições relativas à data de ocorrência do próximo evento deste tipo. Grand Prismatic Spring: Esta fonte hidrotermal apresenta uma diversidade de cores brilhantes. Estas cores são devidas à existência de películas de bactérias termofílicas. A zona em azul contém água a ferver e é livre de bactérias; as zonas que vão do verde ao laranja são zonas onde crescem bactérias em temperaturas sucessivamente menores. Grand Prismatic Spring: Esta fonte hidrotermal apresenta uma diversidade de cores brilhantes. Estas cores são devidas à existência de películas de bactérias termofílicas. A zona em azul contém água a ferver e é livre de bactérias; as zonas que vão do verde ao laranja são zonas onde crescem bactérias em temperaturas sucessivamente menores. O primeiro e maior evento eruptivo teve o seu clímax a sudoeste dos limites actuais do parque, há cerca de 2,2 milhões de anos, e formou uma caldeira de 50 por 80 km e centenas de metros de profundidade, libertando 2 500 quilómetros cúbicos de material (a maioria cinza, mas também pedra pomes e outros materiais piroclásticos). A caldeira foi então preenchida por subsequentes erupções. A estrutura geológica assim formada foi denominada Huckleberry Ridge Tuff. No segundo evento eruptivo, 280 quilómetros cúbicos de material foram ejectados. Ocorreu há 1,2 milhões de anos e formou uma caldeira de menores dimensões (Island Park Caldera) e outra formação geológica denominada Mesa Falls Tuff. Todas as três erupções libertaram grandes quantidades de cinza vulcânica que cobriram grande parte da zona central da América do Norte. As cinzas libertadas propagaram-se por milhares de quilómetros. A quantidade de cinzas e gases libertados terão provocado impactos significativos nos padrões climáticos globais, tendo levado à extinção de muitas espécies, pelo menos na América do Norte. Há cerca de 160 000 anos, ocorreu uma erupção de menores dimensões, formando uma caldeira de pequenas dimensões, agora preenchida pelo lago Yellowstone. A Morning Glory Pool. A Morning Glory Pool. Os estratos de lava podem ser vistos mais facilmente no grande desfiladeiro de Yellowstone, nos locais onde o rio Yellowstone continua a erodir os antigos depósitos de lava. De acordo com Ken Pierce, geólogo do U.S. Geological Survey, no fim do último período de glaciação (entre 14 000 e 18 000 anos atrás), várias barreiras de gelo formaram-se na desembocadura do lago Yellowstone. Quando esse gelo derreteu, um grande volume de água foi libertado, causando inundações e erosão de grandes porporções no que é hoje o desfiladeiro. Estas inundações provavelmente ocorreram mais do que uma vez. O desfiladeiro é um típico vale em forma e V, indicativo de erosão fluvial e não erosão por glaciar. Hoje em dia, o desfiladeiro continua a ser lentamente erodido pelo rio Yellowstone. Após a última grande erupção, há 63 000 anos, até há 70 000 anos, a caldeira de Yellowstone foi praticamente toda preenchida por lavas reolíticas resultantes de erupções periódicas (um exemplo em Obsidian Cliffs) e também por lavas basálticas (um exemplo em Sheepeaters Cliff). Mas há cerca de 150 000 anos, o tecto do planalto começou a elevar-se novamente. Duas áreas em particular, localizadas no foco da caldeira elíptica, começaram a elevar-se mais rapidamente que as áreas adjacentes do planalto. Este diferencial de altitudes criou dois domos ressurgentes (Sour Creek dome e Mallard Lake dome) que se elevam 15 milímetros por ano, enquanto que o resto da caldeira se eleva 12,5 milímetros por ano. Preservados em Yellowstone, existem muitos locais com actividade geotermal, incluindo 10 000 fontes geotermais e gêiseres (cerca de 62% do total existente em todo o planeta). A água que alimenta estes locais deriva do aquecimento provocado pelo hotspot acima descrito. O gêiser mais famoso do parque (um dos mais conhecidos do mundo) denomina-se Old Faithful Geyser. O parque também contém o maior gêiser activo do mundo: o Steamboat Geyser. Alguns dos gêiseres mais conhecidos do parque Grand Geyser Steamboat Geyser Old Faithful Geyser Geyser Grotto Biologia e ecologia Ver artigos principais: Grande ecossistema de Yellowstone e Animais de Yellowstone. A espécie botânica dominante no parque é a Pinus contorta. No entanto, variedades de Picea, Abies e Populus também são comuns. Podem ser encontradas no parque pelo menos 300 espécies de plantas, algumas delas não se encontrando em mais local nenhum (endemismo). Yellowstone é considerado o habitat selvagem dos Estados Unidos com maior variedade de megafauna. Alguns dos animais que podem ser encontrados são: * Bisonte-americano * Urso-pardo * Urso-negro * Alce * Veado (Odocoileus hemionus) * Antilocapra * Carneiro das Montanhas Rochosas * Suçuarana Os rios de Yellowstone constituem parte da área de distribuição de uma das sub-espécies de truta (Oncorhynchus clarki), muito apreciada pelos pescadores. Este tipo de truta tem enfrentado algumas ameaças nos anos mais recentes: a introdução intencional e ilegal da truta da espécie Salvelinus namaycush, que exerce predação sobre a primeira; a seca que se faz sentir na região; e a introdução acidental de um parasita (Myxobolus cerebralis) que causa uma doença terminal do sistema nervoso dos peixes mais jovens. As relativamente grandes populações de bisontes existentes no parque são uma preocupação para os rancheiros, que temem que estes animais transmitam doenças aos seus parentes domésticos. De facto, cerca de metade dos bisontes em Yellowstone já estiveram expostos à brucelose. Esta é uma doença bacteriana que chegou à América do Norte por meio de gado vindo da Europa e que provoca aborto espontâneo. A doença teve um efeito mínimo na população de bisontes do parque e não existem casos reportados de transmissão de animais selvagens para animais domésticos ou mesmo para visitantes. Mas a possibilidade real de contágio continua a existir: o estado de Montana acredita que a proximidade entre gado doméstico e animais selvagens possa ameaçar o estatuto deste estado como estando livre de brucelose. Este estado aprovou uma caçada a bisontes, em 2005, com 50 licenças emitidas para que fossem abatidos os bisontes que saíssem do parque. Os alces também podem ser portadores da doença, mas este animal não é considerado como uma ameaça para o gado doméstico. Para combater a ameaça que os bisontes possam causar, os agentes do parque regularmente reconduzem as manadas que saem dos limites do parque. Os activistas dos direitos dos animais não vêem esta actuação com bons olhos, argumentando que a possibilidade de contágio não é tão elevada como os rancheiros afirmam ser. Os ecologistas também apontam que os animais apenas estão a movimentar-se para zonas de pastoreio temporárias, mais favoráveis, existentes no Grande Ecossistema de Yellowstone. Começando em 1918, num esforço para proteger as populações de alce, o director do Serviço de Parque ordenou a exterminação de pumas e de outros animais predatórios existentes no parque de Yellowstone. Os caçadores do Serviço de Parques seguiram então estas ordens e, por volta de 1926, tinham já abatido 122 lobos. Bisontes junto a uma fonte hidrotermal. Bisontes junto a uma fonte hidrotermal. Na década de 1990, o governo federal reviu a sua posição em relação aos lobos. Numa decisão controversa do U.S. Fish and Wildlife Service (organização com tarefa de protecção de espécies ameaçadas), foi decidida a reintrodução de lobos no parque. Após o extermínio do lobo, o coiote tornou-se o predador de topo no parque. No entanto, o coiote não tem a capacidade de exercer predação sobre animais de maior porte. Como resultado, a megafauna começou a tornar-se enfraquecida e doente. Desde que o lobo foi reintroduzido, esta tendência tem-se revertido. No entanto, os rancheiros que exercem a sua actividade em áreas circundantes demonstram a sua preocupação com os lobos que se aventuram fora dos limites do parque e que ameaçam o seu gado. De maneira geral, os lobos caçam aquilo que lhes foi ensinado caçar enquanto eram jovens. Por isso, tendem a caçar alces e não gado doméstico. Mas a partir da altura que as alcateias começam a atacar e caçar o gado, não existe muito mais recurso do que eliminar os membros da alcateia que exerceram ataques. Os rancheiros recebem uma compensação financeira pelas perdas de gado derivadas de ataques de lobos se provarem que foram estes que realmente provocaram os danos. Por vezes os rancheiros queixam-se que é difícil provar que oa mortes não foram provocadas por coiotes ou por cães selvagens. As lobos reintroduzidos não têm o estatuto de espécie ameaçada, ao contrário dos lobos não-introduzidos. Assim, os rancheiros podem matá-los se estes ameaçarem o seu gado. Existem lobos que se têm deslocado naturalmente desde o Canadá, misturando-se com as populações locais, tornando assim mais difícil a tarefa de distinguir que lobos estão protegidos ou não. O Serviço Nacional de Parques não era habitualmente a favor da reintrodução do lobo, citando evidências de que lobos já tinham começado a regressar à região pelos seus próprios meios, restabelecendo pequenas populações. Vários biólogos contratados pelo Serviço Nacional de Parques documentaram raros avistamentos pessoais e por terceiros. Alguma preocupação emergiu, relacionado com o acordo entre as agências federais e os estados onde se situa o parque. A preocupação estava relacionada com a diminuição da protecção do lobo, através de emenda ao seu estatuto oficial de espécie ameaçada, com vista a agradar os interesses locais, nomeadamente os interesses dos rancheiros, que deixariam de sofrer represálias legais em função do acordo de reintrodução do lobo. Uma alcateia de 11 lobos percorre o parque. Uma alcateia de 11 lobos percorre o parque. Turismo Yellowstone é um dos mais populares parques nacionais dos Estados Unidos da América. O parque é único no que diz respeito à conjugação de múltiplas características naturais. Gêiseres, fontes hidrotermais, um lago e um grande desfiladeiro, florestas, uma multitude de elementos naturais incluido a sua vida selvagem, podem ser encontrados dentro do parque. Devido a esta variedade de características, o parque oferece uma multitude de actividades para aqueles que o visitam: do montanhismo ao campismo e pedestrianismo, da prática de caiaque à pesca ou à simples observação da vida selvagem, o parque proporciona aos visitantes uma experiência memorável em contacto com a natureza. A maioria dos locais geotermais (gêiseres, fontes, etc.) emitem gases sulfurosos. O odor que emitem não é demasiado agressivo para a maioria das pessoas, no entanto, aconselha-se uma consulta prévia ao médico para as pessoas com dificuldades respiratórias que queiram visitar o parque. Os fogos florestais são uma ocorrência vulgar em Yellowstone devido ao clima seco, sobretudo no Verão, mas não deverão ser considerados como desastres: são um processo natural de características regulares que contribui, em última análise, para a regeneração e embelezamento do parque. A série de fogos florestais que ocorreu no parque, no ano de 1988, deixou queimados 45% da floresta do parque, incluindo florestas adjacentes às áreas turísticas de maior evidência. Essas áreas ardidas apresentam agora um aspecto estranho, não deixando no entanto de apresentar uma certa beleza, tanto que parte dessas áreas começam lentamente a recuperar as tonalidades verdejantes. Os guardas do parque aconselham os visitantes a não se aproximarem demasiado de animais potencialmente perigosos e a percorrerem o parque por trilhos seguros. Alguns dos pontos de água têm águas ferventes e libertam gases tóxicos: no ano de 2004, cinco bisões foram encontrdos mortos devido à inalação desses gases tóxicos de origem geotermal. Existe alojamento para os visitantes em onze locais diferentes. A pousada Old Faithful proporciona uma vista previlegiada para a atracção que lhe deu o nome: o 'Old Faithful Geyser. Os alojamentos são de tipo variado, desde hotéis até pequenos alojamentos. Existem onze parques de campismo. O próprio parque está rodeado de outras áreas protegidas, tais como o Grand Teton National Park e a Custer National Forest. Algumas das populações mais próximas são West Yellowstone (Montana), Cody (Wyoming), Red Lodge (Montana), Ashton (Idaho) e Gardiner (Montana). Segundo o censo demográfico efectuado em 2000, existem 600 pessoas a viver em permanência dentro dos limites do parque. Referências 1. ↑ General Grant National Memorial pelo National Park Service. Bibliografia * Mark H. Brown: The Plainsmen of the Yellowstone - A History of the Yellowstone Basin. G. P. Putnam's Sons, New York, 1961. * Aubrey L. Haines: The Yellowstone Story - A History of our First National Park. University Press of Colorado, Niwot, 1996 ISBN 0-87081-390-0 und ISBN 0-87081-391-9 * Joel C. Janetski: Indians in Yellowstone National Park. The University of Utah Press, Salt Lake City, 2002, ISBN 0-87480-724-7 * Judith L. Meyer: The Spirit of Yellowstone - The Cultural Evolution of a National Park. Rowman & Littlefield Publishers, Inc., Lanham (Maryland), 1996, ISBN 0-8476-8248-X

domingo, 11 de novembro de 2007

Como é escolhido o nome de um furacão?

Não tem nada a ver com a potência dos ventos. O batismo obedece a ordem alfabética de listas anuais com 21 nomes (um para cada letra do alfabeto, excluindo Q, U, X, Y e Z porque há poucas opções com essas iniciais).

A idéia de usar nomes surgiu nos anos 50 para melhorar a comunicação entre os meteorologistas e a população. Antes disso, o furação era identificado por sua localização em latitude e longitude, um apelido nada fácil para leigos. Primeiro só foram usados nomes femininos - homenagens às mães ou esposas dos homens do tempo. Mas em 1972 a Organização Meteorológica Mundial (WMO) criou cinco comitês para monitorar os mares do planeta e cada comitê criou regras próprias de batismo.

O comitê responsável por monitorar as águas do Caribe, golfo do México e norte do Atlântico (de onde saem os furacões que atingem os Estados Unidos e que acabam virando notícia no Brasil) criou seis listas alternando nomes femininos e masculinos. Os nomes são usados à medida que os ventos aparecem. É por isso que dificilmente há nomes com as últimas letras do alfabeto (mesmo na área mais agitada do planeta, o norte do Pacífico, são apenas 16 furacões por ano, em média).

Quanto mais furioso for o pé-de-vento, maior a chance de seu nome ser banido para sempre. Fabian (furacão que devastou as Bermudas em 2003), por exemplo, nunca mais será utilizado.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Ciclones, furacões, tornados...

Você sabe o que são ciclones, furacões, tufões? Sabe o que são tornados, tempestades tropicais, depressões tropicais? Sabe quais as diferenças entre um furacão e um tornado? E entre uma tempestade tropical e uma depressão tropical? Pois todos estes nomes se referem a fenômenos do clima. Espere aí, você sabe o que é clima? Clima e tempo são idéias usadas em metereologia, que é a ciência que estuda as mudanças na atmosfera e interpreta os dados relativos às chuvas, ventos, temperatura e umidade de ar. Quando os metereologistas falam em tempo, estão considerando as mudanças que acontecem num período curto, como um dia ou uma semana. Já quando falam de clima, estão se referindo à média das mudanças num período longo, como meses ou anos. A presença do clima em nossas vidas pode ser facilmente percebida pelo ciclo das estações. É a posição da Terra no sistema solar que determina se é verão, primavera, outono ou inverno. Mas ainda que seja verão no Brasil, por exemplo, nem todas as cidades do país experimentarão as mesmas temperaturas: as condições locais, como a presença de lagos, rios, mares, montanhas e o tipo de vegetação, também influenciam no comportamento médio da atmosfera. Embora o clima tenha sempre variado de modo natural, as mudanças registradas nos últimos 150 anos têm preocupado cientistas. O aumento das emissões de gases como o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O) na atmosfera dificultam o processo de resfriamento do planeta Terra, gerando o chamado efeito estufa e criando novos padrões de vento, temperatura, chuva e circulação dos oceanos. Algumas das conseqüências previstas do aquecimento global são o aumento do nível do mar, chuvas mais fortes e freqüentes, erosão do solo e extinção de espécies animais e vegetais. Mas isto já é outro papo, não é?! Voltemos aos fenômenos do clima. Cada um dos fenômenos mencionados lá no começo do texto tem características próprias e acontece mais facilmente em diferentes lugares do planeta. Os tornados, por exemplo, são comuns nas Montanhas Rochosas, nos Estados Unidos. Já os furacões acontecem em todo o Oceano Atlântico e no leste e no centro do Oceano Pacífico. Você quer descobrir mais sobre furacões, tornados e tempestades, não é mesmo? Então clique nos links abaixo para saber mais sobre cada um deles. E não se esqueça de ver também as conseqüências destes fenômenos para a saúde! Ciclones e tempestades tropicaisFuracões e tufõesTornados Outras informações em: Tropical Cyclone Programme - World Meteorological Organization (TCP/WMO) National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) Hurricane Research Division - Atlantic Oceanographic and Meteorological Laboratory (HRD/AOML/NOAA) The Online Tornado FAQ - Storm Prediction Center (SPC/NOAA) NOAA Photo Library

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Al Gore e painel da ONU levam Nobel da Paz

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e ativista internacional pelo combate ao aquecimento global, Al Gore, e o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês) da Organização das Nações Unidas são os ganhadores do prêmio Nobel da Paz de 2007.Os ganhadores foram anunciados na manhã do dia 17 de outubro em Oslo, pelo Comitê do Nobel da Paz. Com a premiação, o comitê disse que queria ajudar a chamar a atenção do mundo para a ameaça representada pelo aquecimento global. "(Eles foram escolhidos) pelos seus esforços para acumular e disseminar um conhecimento maior sobre as mudanças climáticas provocadas pela ação do homem e para criar os fundamentos das medidas necessárias para enfrentar essas mudanças", disse Ole Danbolt Mjoes, presidente do comitê.No anúncio do prêmio, Gore foi elogiado como "provavelmente o único indivíduo que fez mais para criar no mundo a compreensão das medidas que precisam ser adotadas", por meio de suas palestras, filmes e livros.Falando em Washington, Gore disse que é uma honra dividir o prêmio com o IPCC."Este prêmio tem um significado ainda maior, pois tenho a honra de dividir com o IPCC, cujos membros trabalharam de forma incansável e generosamente por tantos anos", disse. "Enfrentamos uma verdadeira emergência planetária. É um desafio moral e espiritual a toda a humanidade", afirmou Gore.Gore acrescentou que vai doar a sua metade do prêmio de R$ 2,8 milhões para a Aliança para Proteção Climática, segundo a agência de notícias Reuters.O IPCC, um painel da ONU criado em 1988 que reúne cerca de 3 mil cientistas e especialistas de várias áreas, é tido como a principal autoridade científica sobre aquecimento global e seu impacto no mundo. "Não acredito, (estou) estupefato, atordoado", disse o presidente do IPCC, Rajendra Pachauri, a jornalistas e colegas de trabalho depois de receber a notícia por telefone em seu escritório em Nova Déli.Pachauri disse aos seus colegas de trabalho e jornalistas em frente ao seu escritório que espera que o prêmio traga "uma maior consciência e senso de urgência" na luta contra o aquecimento global. Gore, vice-presidente durante as gestões de Bill Clinton e candidato presidencial democrata derrotado pelo presidente George W. Bush em 2000, se transformou em um proeminente ativista internacional pela ação contra os efeitos das mudanças climáticas, em particular graças ao filme Uma Verdade Inconveniente, vencedor de um Oscar em 2006.Há 50 anos o comitê do Nobel mantém a identidade dos indicados em segredo. Acredita-se que 181 indivíduos ou organizações estavam na lista. Fonte: BBC Brasil Guilherme PfauAssessoria de Comunicação da Epagri/Ciramcomunicacaociram@epagri.sc.gov.br

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Saúde em tempos de catástrofe

Por: Maria Ramos Você deve ter aprendido na escola que o Brasil está livre de furacões, não é mesmo? Mas a degradação do ambiente provocada pelo homem tem gerado mudanças no clima do nosso planeta. Em março de 2004, os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul foram atingidos por um furacão batizado de Catarina, que deixou milhares de casas destruídas ou danificadas. Imagem do furacão Catarina vista por satélite - Nasa Além de deixar um rastro de destruição, com árvores derrubadas, casas e prédios destruídos e inundações, os furacões podem trazer sérias conseqüências para a saúde humana. Com o aquecimento do planeta e as mudanças no clima, não sabemos se podem ocorrer outros furacões no Brasil. Por isso, devemos ficar em alerta para todos os problemas que este fenômeno da natureza pode causar. Os estragos podem ser imensos se não estivermos preparados. A estrutura dos prédios e casas no Brasil não é feita para suportar tempestades e ventos tão fortes. Devemos lembrar que temporais, bastante comuns, por exemplo, nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, são suficientes para derrubar muitas casas. Os riscos para a saúde As enchentes são um dos maiores problemas para a saúde, quando acontecem fenômenos naturais, como os furacões. Os transtornos se agravam quando as cidades são construídas sem um planejamento adequado para evitar inundações. Aqui no Brasil, não é preciso passar um furacão para vermos, depois de fortes temporais, ruas totalmente alagadas. Quando o nível da água sobe muito, as enchentes arrastam carros, destroem móveis e até casas ficam debaixo d’água. Bom, que as enchentes causam todos estes estragos, nós já sabemos. Mas existe um perigo bem menos visível, mas nem por isso menos ameaçador: elas aumentam os riscos de transmissão de várias doenças, como cólera, leptospirose, hepatite A, salmonelose e febre tifóide, que podem se tornar um sério problema de saúde pública. “Em casos de desastres naturais com enchentes, a água potável se mistura com a água de esgoto e os microorganismos, ao se alimentarem dos resíduos orgânicos (como as fezes, por exemplo), se multiplicam muito rapidamente”, explica Dália Rodrigues, bacteriologista do IOC/Fiocruz. Assim, se não forem tomadas medidas de prevenção, podem acontecer epidemias mesmo de doenças que não são muito comuns em determinada região. E o risco é maior entre as crianças e os idosos, que são menos resistentes às doenças. Por isso, é preciso evitar o contato com a água das enchentes. Você já viu alguma criança brincando em áreas alagadas e pisando em poças d’água? Quando isto acontecer, você deve alertá-las, pois existe um risco muito grande de que estas crianças venham contrair doenças. Mãos sujas em contato com a boca e pés descalços no meio da lama são um perigo para a saúde. O furacão Katrina destruiu Nova Orleans Nas regiões afetadas por desastres naturais, é preciso tomar cuidado com a água consumida. Beber água só se for mineral ou fervida. A maior parte das bactérias não resiste a altas temperaturas e morre quando fervemos a água. Alimentos também devem ser bem lavados com água não contaminada. E se houver suspeita de que eles entraram em contato com a água das enchentes, é melhor jogá-los fora. O problema é que, no caso de grandes catástrofes, nem sempre se tem acesso à água potável ou alimentos seguros. Mas, atenção! Se a água estiver contaminada com materiais químicos, como chumbo e mercúrio, nem fervida deve ser consumida. É que, quando um furacão é muito forte, ele pode provocar vazamentos de materiais químicos para o ambiente, em indústrias ou em locais de extração de minerais, como refinarias ou poços de petróleo. Muitos destes materiais são tóxicos, ou seja, fazem mal a saúde, mesmo em quantidades pequenas. Se a contaminação da água com materiais tóxicos for pequena, eles podem causar dor de cabeça, insônia, e problemas no fígado, explica o sanitarista Dalton Silva. Agora, se a contaminação for grande, as conseqüências podem ser mais graves, podendo levar a pessoa à morte. Materiais como o petróleo, por exemplo, podem causar câncer. Outros como chumbo, mercúrio e arsênico podem atacar o sistema nervoso, provocar queda brusca de temperatura, hemorragias internas e até problemas cardíacos, acrescenta o pesquisador da Fiocruz. A falta de higiene devido aos danos provocados pelas inundações - casas destruídas, desabrigados e lama por toda parte - também facilita a propagação das doenças. A água parada das inundações também permite a proliferação de mosquitos transmissores de doenças, principalmente da dengue e da malária. Como você pode ver, o rastro de destruição de um furacão pode ser bem maior do que poderíamos imaginar a princípio. Os prejuízos à saúde são muitos, principalmente quando o país em questão é pobre, e o governo não tem dinheiro para ajudar a população a reconstruir suas casas e evitar as doenças. Pois é, não é nada fácil! Imagine se você perdesse a sua casa, amigos e parentes na passagem de um furacão, ou então, até mesmo, num destes fortes temporais? Com certeza, você ficaria muito triste e ansioso, não é mesmo? Pois é, muitas pessoas sentem dificuldades para se recuperar das suas perdas, sofrem de depressão e precisam inclusive se submeter a tratamentos médicos. São os danos psicológicos, que podem ser devastadores para as pessoas que sofreram a fúria de um furacão. Eles são tão ou mais sérios que as outras doenças. Descubra como se formam furacões, ciclones, tornados e tempestades. Fontes de informação: http://news.bbc.co.uk/1/hi/health/4202244.stm http://www.bt.cdc.gov/disasters/hurricanes/infectiousdisease.asp http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u92017.shtml http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2004/ciclonecatarina/regioes_afetadas.shtml http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u87192.shtml Foto retirada em: http://www.nasa.gov/home/

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